sexta-feira, 24 de março de 2017

domingo, 19 de março de 2017

Murilo Rubião e seus contos fantásticos!





Murilo Rubião 


Murilo Eugênio Rubião nasceu em Silvestre Ferraz que, em 1953, passou a se chamar Carmo de Minas. Fez seus primeiros estudos nas cidades de Conceição do Rio Verde e Passa Quatro e conclui-os no Grupo Escolar Afonso Pena e no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte. Bacharelou-se em Direito em 1942 pela Universidade de Minas Gerais, atualmente Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O jornalismo sempre o seduziu, tornou-se redator da Folha de Minas e diretor da Rádio Inconfidência.
Em 1947, lançou seu primeiro livro de contos, O ex-mágico, que não teve grande repercussão na época. A partir de então, ingressou no mundo da política, sempre como assessor. Em 1951, ocupou a função de chefe de gabinete do governador Juscelino Kubitschek. Entre 1956 e 1961, exerceu o cargo de adido cultural do Brasil na Espanha. Em 1966 foi designado para organizar o Suplemento Literário do Diário Oficial Minas Gerais, que se tornou um dos melhores órgãos de imprensa cultural já surgidos no país. A publicação de O pirotécnico Zacarias, em 1974, deu súbita fama a Murilo Rubião.
Nos anos subsequentes, a sua exígua obra passou a ser vista como a mais significativa manifestação da literatura fantástica no Brasil. Murilo Rubião influenciou diversos autores brasileiros, dentre eles, José J. Veiga e Moacyr Scliar.
“              Auto-retrato
No livro de registro de nascimento da matriz de Silvestre Ferraz, hoje Carmo de Minas, encontro, ao lado meu, os nomes de meus pais: Eugênio Alvares Rubião e Maria Antonieta Ferreira Rubião. 1916. Meu pai, homem de boa cultura humanística, era filólogo e pertenceu à Academia Mineira de Letras. Escrevia com rara elegância, apesar de gramático. Dele herdei a timidez e um certo ar cerimonioso, que me tem privado da simpatia de numerosas pessoas. Algumas delas mulheres, o que é lamentável.
Em Belo Horizonte residi vinte e cinco anos. Alguns alegres, outros tristes. Lá pretendo morrer. No cemitério do Bonfim, se não for incômodo para os que me sobreviverem. Cursei grupo escolar, ginásio, Faculdade de Direito, e posso afirmar, sem sombra de orgulho, que jamais fui primeiro aluno em qualquer disciplina. Como escritor, alcancei algum êxito na burocracia das letras. Três vezes presidente da Associação Brasileira de Escritores (Secção de Minas Gerais) e vice-presidente do I Congresso Brasileiro de Escritores.
Sete anos levei para escrever e publicar o meu primeiro livro "O Ex-Mágico". Nem por isso ele saiu melhor.
Comecei a ganhar a vida cedo. Trabalhei em uma baleira, vendi livros científicos, fui professor, jornalista, diretor de jornal e de uma estação de rádio. Hoje sou funcionário público.
Celibatário e sem crença religiosa. Duas graves lacunas do meu caráter. Alimento, contudo, sólida esperança de me converter ao catolicismo antes que a morte chegue.
Muito poderia contar das minhas preferências, da minha solidão, do meu sincero apreço pela espécie humana, da minha persistência em usar pouco cabelo e excessivos bigodes. Mas, o meu maior tédio é ainda falar sobre a minha própria pessoa.
Obras e crítica[editar | editar código-fonte]
O ex-mágico (1947)
A estrela vermelha (1953)
Os dragões e outros contos (1965)
O pirotécnico Zacarias (1974)
O convidado (1974)
A casa do girassol vermelho (1978)
A Armadilha (1984)
O homem do boné cinzento e outras histórias (1990)
Contos reunidos (2005)

Quando Murilo Rubião estreou com O ex-mágico, um crítico apontou a semelhança dos contos que compunham o livro e certas obras de Franz Kafka, especificamente A metamorfose. Embora o autor mineiro não conhecesse, na ocasião, o autor tcheco, havia de fato alguns traços comuns que permitiriam incluí-los numa mesma família estética, a da literatura fantástica.
Entende-se por literatura fantástica aquelas narrativas em que ocorrem fatos inconcebíveis, inexplicáveis, surreais e que produzem uma grande sensação de estranhamento nas pessoas. Normalmente, esta atmosfera de irrealidade tem uma dimensão alegórica, ou seja, por meio do absurdo e do inverossímil, ela alude à realidade concreta da existência, cabendo ao leitor escolher um sentido realista para eventos aparentemente sobrenaturais.
Todos os contos de Murilo Rubião trazem esta perspectiva que inválida a lógica e a racionalidade. Mas o absurdo das situações é apenas um artifício do escritor para questionar a realidade. Alguns de seus mais conhecidos contos apresentam – sob a forma de fantasias surrealistas – uma visão desencantada do homem. O ex-mágico é uma sátira à burocracia e à mesmice do cotidiano. Alfredo, uma fábula sobre a não aceitação das diferenças entre os seres. Os dragões, um minitratado sobre a corrupção humana. A noiva da casa azul, uma reflexão sobre a passagem do tempo e o caráter vão de todos os amores. O pirotécnico Zacarias, uma narrativa de humor negro a respeito da vacuidade e da fugacidade da existência. O convidado, uma aterradora alegoria da solidão dos seres e, talvez, da morte. Assim, de cada relato pode-se extrair um ou mais significados ocultos, o que indica a natureza aberta e polissêmica da obra de Murilo Rubião.
Um crítico viu nestes contos, especialmente a partir dos livros O pirotécnico Zacarias e O convidado a criação de um “mundo denso e fantasmagórico em que espectros alienados vivem num universo agoniante. Nele, o homem acaba sendo condenado à esterilidade pela própria incapacidade de modificar o mundo sem saída no qual convive.” (Jorge Schwartz). De fato, a exemplo do que ocorre na obra de Franz Kafka, o absurdo das histórias de Murilo Rubião é apenas uma metáfora do absurdo da condição humana. Apesar do ceticismo do autor, é grande literatura. De forma paradoxal, a linguagem usada para relatar estes acontecimentos surpreendentes é simples e clara.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Murilo_Rubi%C3%A3o

HOMENAGEM À MULHER: DUAS GRANDES FIGURAS FEMININAS PARA NOS SERVIR DE INSPIRAÇÃO


Livros em Blocos homenageia, nesta coluna, o Dia da Mulher, através de duas incríveis representantes do sexo feminino: Charlotte Salomon, pintora alemã, e Maeve Binchy, escritora irlandesa, mulheres que tiveram vidas diametralmente opostas, tanto em termos pessoais quanto profissionais, mas com um ponto em comum: foram fortes, e, ao mesmo tempo, doces e sensíveis frente ao sofrimento humano, e os dilemas que nossa espécie enfrenta no dia a dia, desde tempos imemoriais.
Esperamos que elas possam servir de inspiração e exemmplo para nós todos, mulheres e homens, para vivermos com mais paz, sem violência, ódio ou discriminação.   
1 – Ficcção Francesa / Romance
Com mais de 500 mil exemplares vendidos na França, Charlotte (Bertrand Brasil)  novo romance do escrito francês David Foenkinos, retrata a vida de uma das maiores pintoras do século XX,  Charlotte Salomon, assassinada aos 26 anos pelos nazistas, no campo de concentração de Auschwitz, grávida de cinco meses. Charlotte Salomon (1917-1943) nasceu em Berlim, numa família judaica abastada, mas com graves dificuldades emocionais. Seu nome, Charlotte, foi herdado de uma tia, suicida, e sua mãe tirou a própria vida, quando ela tinha apenas nove anos (a avó materna também se matou),  deixando a menina sob os cuidados do pai, um importante cirurgião e veterano de guerra, judeu, cujo declínio coincidiu com a ascensão de Hitler ao poder, em 1933. Com a chegada do nazismo, Charlotte deixou de ir á escola, mas conseguiu vaga na cota para judeus na faculdade, onde estudou pintura por dois anos. Com o ntissemitismo tornando-se, a cada dia, mais forte, na Alemanha ela foi obrigada a largar os estudos, e foi, com a família, para a  França, onde produziu sua obra Vida? Ou Teatro?, entre 1941 e 1943,  que consiste em  769 pinturas, todas autobiográficas.
Charlotte, que rendeu a seu autor, David Foenkinos os prêmios Renudot e Goncourt de Lycéens, é uma magnifica iografia romanceada, um tributo original, apaixonado e vivo a Charlotte Salomon, uma grande artista, uma mulher de coragem, que enfrentou os maiores e piores sofrimentos, e nos deixou uma belíssima obra. Uma grande artista, uma mulher símbolo de tudo que de bom e produtivo que nosso sexo pode produzir mesmo em meio a sombra da morte, do desespero e   do absurdo do Holocausto, um atentado não somente contra o povo judeu, mas contra toda a humanidade. Charlotte, um exemplo feminino para sempre, brilhantemente retratada.


2 – Ficção Holandesa / Romance
Maeve Binchy que acaba de lançar no Brasil o delicioso romance Uma Semana de Inverno (Bertrand Brasil) –  lançado depois de sua morte – nos apresenta a Chicky, protagonista da história, que  depois de passar 20 anos trabalhando nos Estados Unidos, economizou o suficiente para voltar a cidade natal, Stoneybridge, e montar seu próprio hotel na cidade onde nasceu, A Casa de Pedra, onde simpáticos e muito humanos hóspedes vão se encontrar, e nos contar  histórias adoráveis,  aquecidos por uma boa lareira, alimentados com divina comida caseira, e interagir como parte da verdadeira família humana. Maeve é fascinante, adorável verdadeira e bondosa e, seu romance, uma injeção de ânimo no leitor. Uma grande diversão, um encontro com pessoas simpáticas, cheias de vontade de fazer alguma diferença para o próximo, igual a sua criadora, Maeve Binchy

Nascimento de Philip Roth

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Philip Milton Roth (Newark, Nova Jersey, 19 de março de 1933) é um romancista norte-americano de origem judaica, considerado um dos maiores escritores norte-americanos da segunda metade do século XX. É conhecido sobretudo pelos romances, embora também tenha escrito contos e ensaios.
Entre as suas obras mais conhecidas encontra-se a colecção de contos «Goodbye, Columbus», de 1959, a novela «O complexo de Portnoy» (1969), e a sua trilogia americana, publicada na década de 1990, composta pelas novelas «Pastoral Americana» (1997), «Casei com um comunista» (1998) e Complô contra a América (título no Brasil) ou A Conspiração contra a América (título em Portugal)(2004).
Muitas das suas obras reflectem os problemas de assimilação e identidade dos judeus dos Estados Unidos, o que o vincula a outros autores estado-unidenses como Saul Bellow, laureado com o Nobel de Literatura de 1976, ou Bernard Malamud, que também tratam nas suas obras a experiência dos judeus norte-americanos.
Grande parte da obra de Roth explora a natureza do desejo sexual e a autocompreensão. A marca registrada da sua ficção é o monólogo íntimo, dito com um humor amotinado e a energia histérica por vezes associada com as figuras do herói e narrador de «O complexo de Portnoy», a obra que o tornou conhecido.
Recebeu o Prémio Pulitzer de Ficção por Pastoral Americana em 1998. É conhecido sobretudo por seu alter-ego, Nathan Zuckerman protagonista de diversos de seus livros. É o único autor americano a ter suas obras completas publicadas em vida pela Library of America, que tem como missão editorial preservar as obras consideradas como parte da herança cultural americana.
Foi galardoado com o prestigioso Prémio Internacional Man Booker em 2011.
Em 2012, Roth foi o vencedor do Prêmio Príncipe das Astúrias de Literatura. Em outubro do mesmo ano, em entrevista à revista francesa Les Inrockutibles, anuncia que abandona a carreira de escritor, sendo Nêmesis o seu ultimo trabalho.
Está se dedicando na produção da sua biografia, que está sendo escrita por Blake Bailey.

https://www.google.com.br/search?q=Nascimento+de+Philip+Roth&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjC8dGzgd7SAhWBDZAKHR_8CCMQ_AUIBigB&biw=1280&bih=649#imgrc=RKi9eoc1AKl_TM:

sábado, 18 de março de 2017

Nascimento de John Updike




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John Hoyer Updike (Shillington, Massachusetts, Estados Unidos, 18 de março de 1932 — Beverly, Massachusetts, Estados Unidos, 27 de janeiro de 2009) foi um escritor, novelista e crítico literário estadunidense.
Formou-se na Universidade de Harvard em 1954 e passou um ano na Inglaterra, no Knox Fellowsship, na Ruskin School of Drawing and Fine Art, em Oxford. De 1955 a 1957, trabalhou na The New Yorker, contribuindo com contos, poemas e críticas de livros.
Tornou-se famoso e reconhecido mundialmente com sua séria de novelas Rabbit, iniciada em 1960, que seguem a vida do jogador de basquetebol Harry 'Rabbit' Angstrom, escritas num período de mais de trinta anos[1] e pelas quais ganhou por duas vezes o Prêmio Pullitzer.
Também de sua autoria, As Bruxas de Eastwick, escrito em 1984, tornou-se um best-seller e grande sucesso no cinema, no filme homônimo estrelado por Jack Nicholson e Cher.
Em sua obra constam doze livros de ficção, cinco volumes de poesia e uma peça de teatro.
Considerado um dos grandes novelistas contemporâneos norte-americanos, faleceu em 27 de janeiro de 2009, vítima de câncer do pulmão, em Beverly, no estado de Massachussets, onde residia.

https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Updike

quinta-feira, 16 de março de 2017

107 anos de Lota de Macedo Soares



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Maria Carlota Costallat de Macedo Soares (Paris, 16 de março de 1910 - Nova York, 25 de setembro de 1967) foi uma arquiteta-paisagista e urbanista autodidata brasileira. A convite de Carlos Lacerda, foi uma das responsáveis pelo projeto do Parque do Flamengo, localizado na cidade do Rio de Janeiro, o maior aterro urbano do mundo.

Maria Carlota, chamada por todos de Lota, nasceu em Paris, filha de José Eduardo de Macedo Soares, então Primeiro-Tenente da Marinha baseado na Europa, e de Adélia de Carvalho Costallat. O casal teve mais uma filha em Paris, Maria Elvira, conhecida por Marieta. José Eduardo deixou a Marinha em 1912 e voltou ao Brasil com a família. No Rio de Janeiro, fundou o jornal O Imparcial, precursor do Diário Carioca.
No princípio da década de 1940, Lota residiu em Nova York, onde fez cursos no Museu de Arte Moderna.
Sem ter frequentado universidade, foi reconhecida como arquiteta autodidata e paisagista emérita, e foi convidada por Carlos Lacerda, que acabara de assumir o governo do recém-criado estado da Guanabara (1960-1965), para trabalhar no governo do estado. Propôs a modificação do projeto de duplicação das pistas ao longo da Praia do Flamengo de maneira a fazer um aterro muito maior, no que veio a se tornar o Parque do Flamengo.[4] Quando, nas eleições seguintes, o candidato de Carlos Lacerda perdeu o pleito, e tendo ainda criado a Fundação Parque do Flamengo e eleita sua presidente, a pressão dos sucessores de Lacerda levou Lota a deixar o projeto antes de sua finalização. De todo modo, conseguiu tombar o Parque do Flamengo, evitando que se fizesse um loteamento no aterro do Flamengo.
Morte

Todas essas questões políticas em que esteve envolvida, mais o afastamento de sua companheira Elizabeth Bishop, que a essa altura já estava em Nova York, levaram-na à depressão. Elizabeth Bishop era uma das poetisas mais famosas da época. Lota e Elisabeth viveram juntas de 1951 a 1965. Em 1967, quando já separadas, Lota resolveu viajar a Nova York a fim de encontrar Bishop. No mesmo dia em que chegou, Bishop encontrou-a caída na cozinha, com um vidro de antidepressivos nas mãos. Lota entrou em coma, morrendo poucos dias depois.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lota_de_Macedo_Soares

terça-feira, 14 de março de 2017

Nascimento de Castro Alves



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Durante um temporal


VAI FUNDA a tempestade no infinito,
Ruge o ciclone túmido e feroz...
Uiva a jaula dos tigres da procela
— Eu sonho tua voz —


Cruzam as nuvens refulgentes, negras,
Na mão do vento em desgrenhados elos...
Eu vejo sobre a seda do corpete
Teus lúbricos cabelos ...


Do relâmpago a luz rasga até o fundo
Os abismos intérminos do ar...
Eu sondo o firmamento de tua alma,
À luz de teu olhar ...


Sobre o peito das vagas arquejantes
Borrifa a espuma em ósculos o espaço...
Eu — penso ver arfando, alvinitentes,
As rendas no regaço.


A terra treme... As folhas descaídas
Rangem ao choque rijo do granizo
Como acalenta um coração aflito,
Como é bom teu sorriso,....


Que importa o vendaval, a noite, os euros,
Os trovões predizendo o cataclismo...
Se em ti pensando some-se o universo
E em ti somente eu cismo...


Tu és a minha vida ... o ar que aspiro ...
Não há tormentas quando estás em calma.
Para mim só há raios em teus olhos,
Procelas em tua alma!

quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia Internacional da mulher



"A pessoa mais qualificada para liderar não é a pessoa fisicamente mais forte. É a mais inteligente, a mais culta, a mais criativa, a mais inovadora. E não existem hormônios para esses atributos."
Chimamanda Ngozi Adichie


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Feliz Dia Internacional da Mulher!

segunda-feira, 6 de março de 2017

Nascimento de Will Eisner


William Erwin Eisner (Brooklyn, Nova York, 6 de março de 1917 — Lauderdale Lakes, Flórida, 3 de janeiro de 2005), foi um famoso e renomado quadrinista americano, que durante seus mais de 70 anos de carreira, atuou em diversas áreas que incluem como desenhista, roteirista, arte-finalista, editor, cartunista, empresário e publicitário.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Will_Eisner


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Personagem Spirit de Will Eisner

The Spirit é um fictício herói de histórias em quadrinhos estadunidenses criado pelo cartunista Will Eisner e publicado pela primeira vez em 2 de junho de 1940 no suplemento dominical de 16 páginas conhecido informalmente como "The Spirit Section",distribuído para 20 jornais pelo Register and Tribune Syndicate com uma tiragem combinada que alcançava 5 milhões de exemplares a cada publicação e que continuou até 5 de outubro de 1952. Eisner trabalhou como editor, mas também escreveu e desenhou a maioria das histórias. Outros artistas que colaboraram sem créditos com o trabalho foram Jules Feiffer, Jack Cole e Wally Wood, que respeitaram a visão singular do autor para com o personagem. Entre as décadas de 1960 e 1980, o herói foi publicado pela Harvey Comics, e recebeu muitas republicações da Warren Publishing e Kitchen Sink Press. Nas décadas de 1990 e 2000, Kitchen Sink Press e DC Comics publicaram novas histórias do Spirit, de autoria de outros artistas.
The Spirit era um dos nomes de Denny Colt, um detetive policial que fora considerado morto, mas que na verdade vivia secretamente como um anônimo lutador no mundo do crime, apoiado pelo seu velho amigo e chefe da polícia de Central City, Comissário Nolan. Sua base era no cemitério da cidade. As histórias abordavam uma larga variedade de situações: crime, romance, mistérios, horror, comédia, drama e humor negro.
As histórias de The Spirit tinham sete páginas cada. As 16 páginas da seção do jornal normalmente incluíam mais duas tiras com quatro páginas cada (inicialmente Mr. Mystic e Lady Luck[1]). A história mostrava semelhanças com Batman e Dick Tracy, com vilões coloridos e era contada em sequência rápida. Sua origem e a máscara negra lembra o popular Lone Ranger.

https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Spirit

domingo, 5 de março de 2017

Nascimento de Patativa do Assaré

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O Poeta da Roça
Sou fio das mata, cantô da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de páia de mío.

Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastêro, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.

Só canto o buliço da vida apertada,
Da lida pesada, das roça e dos eito.
E às vez, recordando a feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.

Eu canto o cabôco com suas caçada,
Nas noite assombrada que tudo apavora,
Por dentro da mata, com tanta corage
Topando as visage chamada caipora.

Eu canto o vaquêro vestido de côro,
Brigando com o torô no mato fechado,
Que pega na ponta do brabo novio,
Ganhando lugio do dono do gado.

Eu canto o mendigo de sujo farrapo,
Coberto de trapo e mochila na mão,
Que chora pedindo o socorro dos home,
E tomba de fome, sem casa e sem pão.

E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Morando no campo, sem vê a cidade,
Cantando as verdade das coisas do Norte.
                                                    
Patativa do Assaré 

Do livro: Cante lá que eu canto cá: filosofia de um trovador nordestino, apres. Francisco Salatiel de Alencar, Ed. Vozes, 1978, RJ