terça-feira, 20 de julho de 2010

Quem é o professor?

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Quem é o professor?

É pedir demais? Sim. É ser um herói? Um ser humano assim, com tais qualidades? Mas tudo é relativo. E teórico. Conheci uma professora com voz fraca, magrinha, simpática, que sabia impor-se melhor do que ninguém. Conheci professores com defeito físico vencedores no magistério. Tudo é imprevisível. E depende da personalidade do mestre.

Mas conheci um professor que teve uma crise nervosa na porta do colégio e não conseguiu entrar. Sei de outro que mudou de profissão.

Não basta dizer: “Hoje os alunos não querem nada! Só querem passar! Só vão para a escola por causa as merenda!”

Cabe a nós o despertar-lhe o interesse.

Cabe a nós a alertar os alunos para o perigo de sair da juventude sem estar preparado.

E estar preparado não é ter um diploma. Todos sabemos de um personagem que não tinha diploma e chegou a Presidente da República.

Eu mesmo experimentei muitos fracassos e vitórias, mas sempre soube distinguir o que era a minha (in)capacidade da minha pessoa. Aprendi com meus fracassos, usei-os como elementos de sucesso. Tive a sorte de ter bons mestres.

Pois, o que é um bom professor?

Não há uma definição única e clara. Cada um caso é diferente do outro.

Mas todos esses profissionais devem cultivar certas qualidades específicas.

Não é só o conhecimento específico que faz um bom professor de crianças e adolescentes, que é o de que tratamos aqui. Um erudito sem capacidade de extrair a síntese não pode ser um bom professor. Não é só o conhecimento, mas técnica, a técnica didática, que ele pode aprender num curso de didática ou ao longo dos anos de magistério.

O professor deve ter um conhecimento básico e preciso da matéria que vai ensinar. Não precisa ser um “especialista”, nem um pesquisador, uma autoridade no assunto para ensinar numa escola pública.

Mas ele é um instrumento de aprendizagem, um divulgador de princípios para a vida em geral,

Seja qual for a matéria ensinada, reduzindo o conteúdo ao essencial, dando o caminho curto, pondo aquilo tudo ao alcance dos seus jovens alunos.

Não é fácil, mas é possível. O magistério é uma das profissões mais complexas.

A matéria ensinada deve ser tratada como um aspecto da vida. Deve ser útil e bela. De interesse na vida social. Todo professor devia saber um pouco de socialismo, de sociedade, de economia.

Estudamos para preparar-nos, devia ser o lema de todo aluno.

A vida é sempre difícil, e nós nos preparamos na escola. Se os alunos sentirem isso naquilo que o professor faz, terão respeito e interesse pelas aulas, serão atenciosos com o mestre, e o virão como líder.

Todo curso de didática devia tratar da arte da liderança.

Rogel Samuel

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MAR DE INVERNO

 

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Tempo é fator fundamental na nossa vida. O inverno bate à porta e traz a preocupação de não sentir frio. A metáfora óbvia do inverno é o frio, essa gigantesca força da natureza que não podemos controlar.

Quem de nós tem medo do inverno? Muitos enfrentam o difícil desafio, mas a principal arma para encarar as mudanças climáticas é não ter medo, não desistir de sonhar, questionar os hábitos e priorizar os valores.

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Cantar é um atravessamento

 

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Cantar é um atravessamento. A voz molda-se na garganta e atravessa, plena, quem ouve e quem canta. Cantar, mais do que falar, é o que redimensiona o humano, pois não é apenas emitir com a voz sons ritmados e musicais, conforme uma das acepções no dicionário, cantar é mais, preenche poros, ouvidos, olhos, nariz, língua e pensamento. Há em quem ouve o canto uma espécie de submissão, de entrega à música vinda de outro corpo. Por outro lado, quem canta e sabe o poder que tem, manipula-se e manipula o outro com a voz. Desde tempos imemoriais é assim, quando cantar aparentava-se com o transcender, com o ascender aos deuses e conseguir deles benefícios para uma vida melhor. Resquícios desse trânsito, desse caminho às alturas ainda permanecem nos corais, nos mantras, nos cânticos de louvor e, sobretudo, em algumas vozes, tão místicas que mais se assemelham a um vôo, um vôo abissal em direção a Deus.

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