quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cineasta e roteirista Nora Ephron morre aos 71 anos

 

Diretora morreu nesta terça-feira (26).
Ela dirigiu 'Julie & Julia' e 'Sintonia de amor', e escreveu 'Harry & Sally'.

 

A diretora e roteirista Nora Ephron, de 'Julie & Julia', que morreu aos 71 anos em 26 de junho de 2012 (Foto: Reuters)

A diretora e roteirista Nora Ephron, de 'Julie & Julia', que morreu aos 71 anos (Foto: Reuters)

A cineasta e roteirista americana Nora Ephron, diretora "Julie & Julia" (2009) e autora de "Harry & Sally - Feitos um para o outro" (1989), morreu nesta terça-feira (26), aos 71 anos. A informação é do site The Huffington Post. Segundo o portal TMZ, Ephron, que ao longo da carreira se tornou uma das maiores grifes dos filmes românticos americanos das últimas décadas, sofria de câncer.

Seu nome consta ainda dos créditos de produções como "Mens@agem pra você" (1998), do qual foi diretora, e "A Feiticeira" (2005), protagonizado por Nicole Kidman. Ela recebeu três indicações ao Oscar, sempre na categoria melhor roteiro original, pelos trabalhos em "Silkwood - O retrato de uma coragem" (1983), "Harry & Sally" e "Sintonia de amor" (1993).

Ao longo da carreira, Nora Ephron contribuiu de modo decisivo para a associação de alguns astros de Hollywood a certo gênero de cinema, feito de produções leves e tidas como "açucaradas". Isso se deu notadamente com Meg Ryan e Tom Hanks. Ao lado de Ryan, ela fez aquele que talvez seja o seu principal trabalho, "Harry & Sally", coestrelado por Billy Cristal.
O longa - que mostra um casal de jovens que, recém-chegados a Nova York, criam uma amizade a despeito das muitas diferenças de valores - legou ao menos uma cena lembrada com frequência. Aquela em que a personagem de Ryan simula um orgasmo em público, durante uma conversa numa lanchonete lotada.
A atriz voltou a trabalhar com Ephron em "Sintonia de amor" e "Mensagem pra você". Em ambos, atuou ao lado de Hanks. No período que separou os lançamentos dos dois longas, o ator faturou seus dois Oscar - por "Filadélfia" (1993) e "Forrest Gump" (1994).
Em seu obituário, o Huffington Post cita um perfil de Nora Ephron escrito por Ariel Levy e publicado em 2009 na revista "New Yorker". "Ela era a mais engraçada das feministas, ou pseudofeministas, dependendo do ponto de vista", observou Levy. No texto, ele comenta também um dos relacionamentos de Ephron: "Carl e Nora foram Brad [Pitt] e Jen [Jennifer Aniston] do começo dos anos 1980".

O "Carl" citado é Carl Bernstein, um dos principais jornalistas dos Estados Unidos, com quem ela esteve casada entre 1976 e 1980 e teve dois filhos. Bernstein ganhou notoriedade graças à cobertura - em parceria com Bob Woodward - do chamado "caso Watergate", escândalo político que, noticiado pelo jornal "Washington Post" nos anos 1970, desencadeou a renúncia do então presidente do país, Richard Nixon.
Desde 1987, Nora Ephron era casada com o jornalista e escritor Nicholas Pileggi, 89. Ele é autor do livro "Wiseguy", adaptado para o cinema em 1995 por Martin Scorsese, como nome de "Cassino".

Em foto de 1978, a cinesta e roteirista Nora Ephron, morta em 26 de junho de 2012, posa ao lado do então marido, o jornalista Carl Bernstein, em Nova York (Foto: Richard Drew/AP)

Em foto de 1978, Nora Ephron posa ao lado do então marido, o jornalista Carl Bernstein, em Nova York (Foto: Richard Drew/AP)

http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2012/06/cineasta-e-roteirista-nora-ephron-morre-aos-71-anos-diz-site.html

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