Falecimento de Mário Faustino (1962, Pachacana, Peru)
Bronze e brasa na treva: diamantes
pingam
(vibram)
lapidam-se
(laceram)
luz sólida sol rijo ressonantes
nas arestas acesas: não vos deram,
calhaus
(calhaus arfantes),
outro leito
corrente onde roçar-vos e suaves
vossas faces tornardes vosso peito
conformar
(como sino)
como de aves
em brado rebentando em cachoeira
dois amantes precípites brilhando:
tições em selvoscura: salto!
beira
de sudário ensopado abismos armando
amor
amor
amora
morte
ramo
de outro fruta amargosa bala!
e gamo.
Mário Faustino
Do livro: "A poesia piauiense no século XX", FCMC, Imago, 1995, PI/RJ
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