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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Hoje...




A CRIAÇÃO DE CAVALOS 

Fim da década de 1940, Morro do Jacu, interior de Araguari. Longe dali, a grande guerra tinha acabado, mas naqueles pastos poucas notícias chegavam. O que interessava era preparar a terra para a lavoura, tratar do gado, cuidar dos porcos, das galinhas e dos cavalos, viver cada dia na rotina do trabalho, na rotina dos pequenos afazeres que moldavam a vida daqueles agricultores do antigamente. 

Cavalos sempre foram os preferidos de Ricardo, um dos muitos filhos de Rufino e Alice, os donos daquelas terras quase que totalmente cercadas pelo rio Piraí. Eram animais que tinham tudo o que ele gostava: velocidade, força, elegância. 

E a liberdade dos pastos, dos galopes nos amanheceres, além das carreiras nas raias, a melhor diversão dos finais de semana. Ricardo cuidava dos cavalos, mas não sabia como eles nasciam. 

Certo dia, lhe contaram uma história e os dias de Ricardo passaram a existir para comprovar tal história. Um dos cavalos do pai morreu, Ricardo nem ligou se era macho ou fêmea, queria mesmo era que o cavalo apodrecesse logo, afinal precisava dos dentes do cavalo para fazer sua experiência. 

Rufino retirou o cavalo do pasto e o levou a um descampado, nos limites de sua terra. Logo os urubus começaram a sobrevoar o lugar, Ricardo os acompanhava de longe, quando eles fossem embora é porque tudo estaria pronto. Dias e dias de espera, aos poucos os urubus foram rareando, apenas uns poucos ainda pousados nas embaúbas e nas inhoçaras, até que Ricardo não viu mais nenhum. 

Finalmente pode se aproximar da ossada do cavalo morto. Os urubus e uns dias de chuva tinham acabado com quase todo o cheiro ruim. 

Ricardo aproveitou o fêmur do cavalo para passar sobre uma verruga que o acompanhava há tempos, mas nisso pouco acreditava, fez apenas porque certa vez viu um vizinho fazer, e não custava nada tentar fazer isso também. Porém, o que interessava ali eram os dentes do cavalo. Ricardo, lentamente retirou um por um como se fosse um troféu. Limpou todos nas águas ainda limpas do Piraí e os trouxe para o quintal da mãe. Entre uma horta de repolho e uns pés de cebola, plantou os dentes do cavalo, pois segundo lhe contaram, se fizesse isso, logo nasceriam potrinhos e ele não só poderia ter o seu cavalo, mas substituir ainda aquele que morreu. 

Assim, no outro dia, a primeira coisa que fez ao se levantar, foi correr para o quintal ver se seus cavalos nasceram. Repetiu o gesto por quase uma semana, até que desistiu. Convenceu-se que não tinha uma mão boa para plantar cavalos. 

Talvez quando ficasse maior conseguiria, ou os dentes plantados não fossem boa semente, talvez o cavalo fosse muito velho, ou tivesse trabalhado demais e por isso não quisesse nascer de novo. Tudo isso passou pela cabeça de Ricardo até que, aos poucos, entre uma caçada, uma pescaria, uma cavalgada e outra, ele descobriu como realmente nascem os cavalos... 
Rubens da Cunha


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  • 1895 - O voleibol é inventado porWilliam George Morgan nos Estados Unidos.
  • 1967 - Anos de chumbo no Brasil: é sancionada a nova Lei de Imprensa, impondo a censura prévia por agentes federais presentes nas redações, emissoras de rádio e televisão.
  • 1994 - Nelson Mandela (na imagem)torna-se o primeiro presidente negro da África do Sul após o apartheid.
Nasceram neste dia…
  • 1404 - Constantino XI, imperador doImpério Romano do Oriente (m.1453).
  • 1885 - Alban Berg, compositor austríaco (m. 1935).
  • 1909 - Carmen Miranda, cantora e atriz luso-brasileira (m. 1955).
Morreram neste dia…
  • 1881 - Fiódor Dostoiévski, escritor russo (n. 1821).
  • 1964 - Ary Barroso, radialista e compositor brasileiro (n. 1903).
  • 1984 - Yuri Andropov, político soviético (n. 1914).

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Estrelas que se foram...






Ary Barroso, Ary de Resende Barroso,  (Ubá, 7 de novembro de 1903 — Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1964) foi um compositor brasileiro de música popular. Continue a ler





Sophie Feodorovna Rostopchine, a Condessa de Ségur (São Petersburgo, 1 de agosto de 1799 — Paris, 9 de fevereiro de 1874) foi uma escritora russa, largamente conhecida no século XIX, como autora de obras-primas de literatura infantil. Maiores informações



Blecaute, Otávio Henrique de Oliveira (Espírito Santo do Pinhal, 5 de dezembro de 1919 — Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1983) foi um cantor e compositor brasileiro.
Era também conhecido pela alcunha de "General da Banda", devido a seu maior sucesso, a marchinha de Carnaval anônima.
Em 1933, participou do programa de calouros A Peneira de Ouro, na Rádio Tupi. Em 1941, já cantava na Rádio Difusora, adotando o nome artístico (sugerido por Capitão Furtado) de Black-out, aportuguesado para Blecaute, devido a sua etnia negra.
Em 1942, contratado pela Rádio Tamoio, foi para o Rio de Janeiro. Lá apresentou-se também na Rádio Mauá e na Rádio Nacional. Continue