terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Textos de Lázaro Barreto, Odorico Tavares e Rogel Samuel



 
 
 
Ulisses, de James Joyce
 
(Perambulação de Leopold Bloom, sua mulher Molly e Stephan Dedalus no único e corriqueiro dia 16 de junho de 1904 pelas ruas de Dublin).
Escrito em 1914-1921 e publicado anos depois e logo interditado pela censura, o livro ULISSES, de James Joyce, foi traduzido por Antônio Houaiss e publicado pela Editora Civilização Brasileira em 1966, ano que adquiri, li e incorporei (timidamente, no subconsciente) a terminologia da estranheza na minha suada e interminável aprendizagem literária. É uma obra marcante, uma espécie de ressurreição da ODISSÉIA de Homero, com a nova gama de linguagem e de comportamento dos novos tempos. É uma espécie de floresta amazônica, um oceano atlântico, uma lua virgem mesmo depois de penetrada. Uma lua?, eu disse? Eis o que está na página 745: Continue a leitura do texto de Lázaro Barreto

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Dia de Iemanjá, Odorico Tavares e Dorival Caymmi

O REINO DE IEMANJÁ , por Odorico Tavares
É um prazer tomar um saveiro e andar por todos estes meandros da baía de Todos os Santos. Sair madrugada a fora, passar pela ponta de Monteserrate, com suas pedras abruptas, conhecer as praias mansas da Penha ou da Ribeira, atravessar por Plataforma e seguir adiante, por estes recantos, o mar manso e tranquilo, vendo as pequenas localidades, muitas vezes, a visão do trem de ferro, surpreendendo por entre os tufos de verduras. Sai não tem pressa, que se prossiga, que se durma mais adiante em São Roque, que se procure desvendar todos os segredos do Recôncavo com suas casas coloniais, seu barro vermelho, suas canas de açúcar, seus velhos engenhos. Faça-se a volta inteira na baía. Que num dia de sol, chegue-se a Itaparica, hoje centro de petróleo e de águas minerais, perturbando a sua tranquilidade de ilha histórica. Que se penetre nos segredos da praia de Mar Grande, com suas voltas, seus trejeitos, sua denguice, praia derramada de sensualismo, mais parecendo mulher. Mais adiante Jaguaribe, de velhos pescadores, tantos outros locais, ilhas perdidas, recantos sonhados por namorados românticos.  Continue a ler

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Nota de Falecimento, por Rogel Samuel 

Morreu no sábado, aos 87 anos, Wilson Martins.
" Wilson Martins morreu no sábado (30 de janeiro), aos 87. Ele era um crítico excelente, crítico da cultura brasileira. Isento de influências de amizade, foi o primeiro a nos incluir e nos citar em sua gigantesca obra, com a nossa "Crítica da escrita". Morava em Curitiba, e morreu em decorrência de complicações cirúrgicas, cinco dias após sofrer uma operação para extração da bexiga. Estava internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, também na capital paranaense. Não deixa filhos. O corpo está sendo velado no cemitério Luterano, em Curitiba, até às 17h. Em seguida, será encaminhado a um crematório, conforme seu desejo. Wilson Martins nasceu em São Paulo, em 1921. Sua carreira acadêmica tem passagem por universidades norte-americanas. Lecionou na Universidade de Nova York durante 26 anos, até se aposentar, em 1992. Sua obra literária inclui 12 volumes do livro "História da Inteligência Brasileira", onde estamos citado, e ele recebeu o prêmio Jabuti e o Machado de Assis. Escreveu em "O Globo" e "Jornal do Brasil" .
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Literatura
Poesia Temática
Haverá paz?: Jessé Barbosa de Oliveira
Mensal fevereiro: carnaval
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Temática mensal fevereiro: carnaval

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