sábado, 1 de fevereiro de 2014

Adriane Garcia

 

 

Desastre ecológico

Pombinha pobre, pobre pombinha
Tive dó, quis te pôr as mãos
Freou-me a Vigilância Sanitária
Os medrosos afastaram-me de ti
Falaram de tuas doenças
Tu deves ter ido à Índia
À Serra Leoa e ao Brasil
Estás, pombinha
Triste leprosa sem meio pezinho
Debaixo da mesa do bar
Em que como
Macarrão à bolonhesa
Da carne de um boi atropelado
Por mil hormônios
É certo
Que ele comeu a grama
Em que cagaste.

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