domingo, 28 de fevereiro de 2010

Falecimento de José Mindlin



José Ephim Mindlin (São Paulo, 8 de setembro de 1914 — São Paulo, 28 de fevereiro de 2010) foi um advogado, empresário e bibliófilo brasileiro.
Filho do dentista Ephim Mindlin e de Fanny Mindlin, judeus nascidos em Odessa, formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Advogou por alguns anos, atividade que deixou para fundar a empresa Metal Leve, que mais tarde se tornou uma potência nacional no setor de peças para automóveis. José Mindlin deixou a empresa em 1996. Posteriormente, entre outras atividades, presidiu a Sociedade de Cultura Artística.
Após sua aposentadoria do mundo empresarial, Mindlin pôde dedicar-se integralmente a uma paixão que tinha desde os treze anos de idade: colecionar livros raros. Seu primeiro livro foi Discours sur l'Histoire universelle de Jacques-Bénigne Bossuet, de 1740. Ao completar 95 anos de idade, acumulava um acervo de aproximadamente 40 mil volumes, incluindo obras de literatura brasileira e portuguesa, relatos de viajantes, manuscritos históricos e literários (originais e provas tipográficas), periódicos, livros científicos e didáticos, iconografia e livros de artistas (gravuras). É considerada como a mais importante biblioteca privada do gênero, no Brasil.
Em 20 de junho de 2006 Mindlin foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, onde passou a ocupar a cadeira número 29, sucedendo a Josué Montello. Após saber da vitória na eleição, Mindlin declarou: "De certa forma, corôa uma vida dedicada aos livros". No mesmo, ano Mindlin decidiu doar todas as obras brasileiras da vasta coleção à Universidade de São Paulo (USP). A partir de então, ela passou a ser chamada de "Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin". O prédio da biblioteca, dentro do campus da USP, está em construção.
"Nunca me considerei o dono desta biblioteca. Eu e Guita [esposa já falecida de Mindlin] éramos os guardiães destes livros que são um bem público".
José Mindlin

Editorial Fevereiro

Quando se fala em Blog, associamos logo à idéia de um diário pessoal, cujo autor escreve quando quer, e quando está com vontade – ou seja: a falta de periodicidade e a subjetividade são os dados mais visíveis neste tipo de ferramenta. Em geral, os blogs são feitos para divulgar um autor em especial e giram em torno de seu universo ou de um tema deste universo. O blog de Blocos, porém, difere desta estrutura comum, por não ser pessoal nem aperiódico, abrindo um raro espaço coletivo dentro deste tipo de página da web. Com tantas matérias, acaba constituindo-se em uma espécie de diário-jornal interativo, ágil, dinâmico, capaz até de transformar o estilo fragmentário (por vezes cansativo e monótono) em um variado e diversificado painel cultural da contemporaneidade, como um todo.
Aqui, em nosso espaço, temos informações, autores de todas as tendências literárias, divulgação de notícias, curiosidades interessantes, eventos, lembretes de datas culturais – enfim, toda uma intensa movimentação que requer muito trabalho, esforço, dedicação, pesquisa, resistência e múltiplas dificuldades também, pois, afinal, o virtual é habitado por seres humanos concretos, com problemas igualmente reais. A cada obstáculo ultrapassado, uma nova alegria de vencer os desafios, e de avançarmos. E assim vamos, contribuindo para um mundo mais consciente e reflexivo, com maior respeito pela literatura, pelos artistas, pelos animais e por todos os seres vivos de nosso planeta.
Leila Míccolis

Vida e morte, celebração e sorte!



ANIVERSARIANTE – Uma mulher com muita idade – 129 anos!
Maria Olívia da Silva (Itapetininga, 28 de fevereiro de 1880), é uma dona-de-casa brasileira que alega ter nascido em 28 de fevereiro de 1880 e desta forma ter 129 anos de idade, o que a tornaria a pessoa mais idosa da história (não verificado pelo Guiness Book).
Ela nasceu na cidade de Itapetininga, São Paulo,[1] e mora atualmente no distrito de Içara, em Astorga, no norte do Paraná. Sua casa de madeira tem as paredes tomadas por recortes de revistas e jornais de todo o mundo sobre o recorde de longevidade da ilustre moradora.
Dona Maria Olívia da Silva teve dez filhos naturais e adotou mais quatro, mas o número de netos, bisnetos e trinetos não pode ser mensurado. Seriam cerca de 400, calcula Aparecido Honório Silva, 59 anos, adotado ainda quando bebê. Ele é um dos três filhos vivos dos 14 integrantes de sua prole.
Apesar de não ser comprovado por documentação da época do nascimento, Dona Maria Olívia possui oficialmente o ano de registro de 1880 conforme o seu registro civil e documento de identidade brasileiros, ambos documentos emitidos na década de 70, quando Dona Maria Olívia já teria mais de 90 anos.
No dia 9 de junho de 2009 igualou o anterior recorde de Maria do Carmo Gerônimo, tornando-se a pessoa com a alegação de maior longevidade do Brasil dos últimos dez anos.
Se se confirmasse a sua alegação, Dona Maria poderia ter visto:
Aniversários de morte

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, (Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1935) foi uma compositora, pianista e regente brasileira.
Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca (Ô Abre Alas, 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público, há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha. Leia mais

Em 1923, mudou-se para Maceió (AL), onde, aos 14 anos de idade, começou a dar aulas particulares de português. Aos 15, ingressou efetivamente no magistério: foi convidado pelo Ginásio Primeiro de Março a lecionar em seu curso primário. Já naquela época passou a se interessar por língua e literatura portuguesas. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1936. Nesse mesmo ano, tornou-se professor de Língua Portuguesa e Francesa e de Literatura no Colégio Estadual de Alagoas.
Passou a residir no Rio de Janeiro a partir de 1938, e continuou no magistério, como professor de Português e Literatura Brasileira, no Colégio Anglo-Americano em 1939 e 1940; professor de Português no Colégio Pedro II, de 1940 a 1969; e professor de ensino médio do Estado do Rio de Janeiro de 1949 a 1980. Continue a ler

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Nascimentos, poesia, prosa, acontecimentos!

Victor_Hugo
Victor-Marie Hugo (Besançon, 26 de fevereiro de 1802Paris, 22 de maio de 1885) foi um escritor e poeta francês de grande atuação política em seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras.

Filho de Joseph Hugo e de Sophie Trébuchet, nasceu em Besançon, no Doubs, mas passou a infância em Paris. Estadas em Nápoles e na Espanha acabaram por influenciar profundamente sua obra. Funda com os seus irmãos em 1819 uma revista, o Conservateur littéraire (Conservador literário), que já chama a atenção para o seu talento. No mesmo ano, ganha o concurso da Académie des Jeux Floraux.
O seu primeiro recolhimento de poemas, Odes, é publicado em 1822: tem então vinte anos.
Com Cromwell, publicado em 1827, alcança o sucesso. No prefácio deste drama em versos, que não foi encenado enquanto esteve vivo, opõe-se às convenções clássicas, em especial à unidade de tempo e à unidade de lugar.
Tem, até uma idade avançada, diversas amantes, sendo a mais famosa Juliette Drouet, atriz sem talento que lhe dedica a sua vida, e a quem ele escreve numerosos poemas. Ambos passavam juntos o aniversário do seu encontro e preenchiam, nesta ocasião, ano após ano, um caderno comum que nomeavam o Livro do aniversário.

Dia do humorista

comedy
Apesar de o humor ser largamente estudado, teorizado e discutido por filósofos e outros, permanece extraordinariamente difícil de definir, quer na sua vertente psicológica quer na sua expressão, como forma de arte e de pensamento. Na verdade, o que é que o distingue de tantos outros aspectos do cómico, como a ironia ou a sátira?
A ironia é uma simulação subtil de dizer uma coisa por outra. A ironia não pretende ser aceite, mas compreendida e interpretada. Para Sócrates, a ironia é uma espécie de docta ignorantia, ou seja, ignorância fingida que questiona sabendo a resposta e orientando-a para o que quer que esta seja. Em Aristóteles e S. Tomás de Aquino, a ironia não passa de uma forma de obtenção de benevolência alheia pelo fingimento de falta de méritos próprios. A partir de Kant, assentando na ideia idealista, a ironia passa a ser considerada alguma coisa aparente, que como tal se impõe ao homem vulgar ou distraído.
Corrosiva e implacável, a sátira é utilizada por aqueles que demonstram a sua capacidade de indignação, de forma divertida, para fulminar abusos, castigar, rindo, os costumes, denunciar determinados defeitos, melhorar situações aberrantes, vingar injustiças… Umas vezes é brutal, outras mais subtil.
O humor é determinado essencialmente pela personalidade de quem ri. Por isso, pode-se pensar que o humor não ultrapassa o campo do jogo ou os limites imediatos da sanção moral ou social, mas este pode subir mais alto e atingir os domínios da compreensão filosófica, logo que o emissor penetre em regiões mais profundas, no que há de íntimo na natureza humana, no mistério do psíquico, na complexidade da consciência, no significado espiritual do mundo que o rodeia. Pode-se, assim, concluir que o humor é a mais subjectiva categoria do cómico e a mais individual, pela coragem e elevação que pressupõe. Logo, o que o distingue das restantes formas do cómico é a sua independência em relação à dialéctica e a ausência de qualquer função social. Trata-se, portanto, de uma categoria intrinsecamente enraizada na personalidade, fazendo parte dela e definindo-a até.
Fonte: tendanonstop.blogspot.com

Leiam no portal Blocos,  poesia, prosa, concursos e as colunas de Rogel, Thaty, Vania, Rubens e tantos outros maravilhosos escritores.

Poesia

Clevane Pessoa
Rosane carneiro

OS ENRAIZADOS - Rubens da Cunha (colunista quinzenal de Blocos)
Venho de uma família de enraizados. Meu pai ainda mora no mesmo sítio em que nasceu, pois ele é do tempo em que se nascia em casa. Minha mãe apenas saiu de seu sítio para se casar com meu pai. Detalhe: as localidades dos dois são vizinhas, o que não dá muita força à mudança de minha mãe. Os irmãos de meu pai vieram para a cidade e fixaram-se todos no mesmo bairro, na zona Sul de Joinville. Todos estão por ali ainda, no mínimo uns quarenta anos. Os irmãos de minha mãe fizeram um percurso muito semelhante. Onde fixaram moradia fixaram por tempo indeterminado. Contine a ler


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Blocos e seus colaboradores artísticos!


Cada vez que Blocos disponibiliza a obra de um escritor, a literatura ganha mais uma estrela. São textos com conteúdos poéticos que se familiarizam com nossas emoções diárias. Portanto, vale a pena clicar e ler. Boa leitura!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Contos, poesia, literatura, concursos, blocos...



Eloah Margoni, poesia - Cadê?
Clarisse de Oliveira - Solidão de si mesma
Francisco Malta Drumond - conto - O homem das cartas
Uma variedade de concursos. Vá até a página e leia









Dia do surdo-mudo



A audição é o sentido responsável pela percepção dos sons. Nos seres humanos, os receptores auditivos estão localizados no ouvido interno. A fala é a capacidade de os seres humanos emitirem sons inteligíveis, formando palavras. O surdo-mudo é uma pessoa que tem ambas as deficiências: auditiva e da fala.

Muitas pessoas acreditam que o surdo-mudo vive isolado em função de tais limitações, mas essa crença não é verdadeira, pois ele é tão capaz de aprender quanto qualquer pessoa que não possua deficiência alguma.
Os surdos-mudos podem realizar muitos tipos de atividades; basta que desenvolvam outros sentidos e que sejam estimulados. A integração dessas pessoas na sociedade é de suma importância, por isso é preciso respeitá-las e reconhecer seus direitos.

Nem todos os deficientes auditivos (D.A.) são mudos, visto que muitos têm voz e conseguem falar se forem estimulados por fonoaudiólogos. Quando uma criança nasce com problemas de audição, é preciso estimulá-la desde cedo para que aprenda a falar. Mesmo que essa percepção se faça tardiamente, ainda assim, as chances do aprendizado da fala são grandes.

No Brasil, há muitas instituições de apoio aos surdos-mudos. O Dicionário Libras divulga em larga escala a língua dos sinais, que facilita a comunicação dos surdos-mudos em seu dia-a-dia.

É necessário que a população aprenda mais sobre os deficientes auditivos e de fala. Isso lhe daria a real visão da capacidade criativa e produtiva dessas pessoas, visto que deficiência física não é o mesmo que deficiência mental.
Na palavra Efatá!, que significa "Abre-te!" (Mc 7, 34), pronunciada por Jesus ao curar um surdo-mudo, há um grande ensinamento: é preciso que estejamos sempre abertos ao entendimento entre os seres humanos, tenham eles as limitações que tiverem, pois todos nós possuímos, de uma maneira ou de outra, algum tipo de limitação que pode e deve ser superada com esforço e boa vontade.
link-edições Paulinas


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Opções de leitura no Portal Blocos




Leia a poesia e a prosa de grandes escritores da nossa época. Pessoas engajadas com a literatura e transformadoras de opinião.

Poemas de Sandra Lira Rodrigues  e Rogel Samuel

Coluna Quinzenal de Thaty Marcondes, Solange Firmino e Vânia Moreira Diniz

Crônica de Latuf Isaias Mucci

Bárbara Bandeira Benevento em defesa dos animais na coluna Rabixo

Blog de Leila Míccolis no Yubliss

PARADOXO




Meu pai se orgulha do fato
de não ter sido tão bruto.
Por exemplo: em mim apenas
ele bateu duas vezes
da infância à adolescência
e por sinal nem doía
como diz ele, coitado,
sem saber que aqueles tapas
mesmo sendo tão cremosos
mexeram tanto comigo
a ponto de influírem
na minha toxicomania.    

Tony Pereira


    domingo, 21 de fevereiro de 2010

    Dia Internacional da Língua Materna, segundo a UNESCO


    O Dia Internacional da Língua Materna é comemorado em 21 de Fevereiro e foi proclamado pela UNESCO em 17 de Novembro de 1999. Foi reconhecido formalmente pela Assembléia Geral das Nações Unidas, que estabelece 2008 como o ano internacional das Linguas. O dia Internacional da Língua Materna se originou com o Dia do Movimento da Língua, que é comemorado em Bangladesh (anteriormente Paquistão Oriental) desde 1952. O dia é comemorado anualmente pelos estados membros da UNESCO e em suas matrizes para promover a diversidade e o multilingualismo linguísticos e cultural.

    Historia

    Em 21 fevereiro 1952, correspondendo a 8 Falgun 1359 no calendário de Bangla, um número de estudantes que fazem campanha para a reconciloação de Bangla como uma das línguas do estado do Paquistão foram mortos quando polícias atearam fogo em cima deles.Tudo começou em uma reunião pública sobre 21 março 1948, Muhammad Ali Jinnah, general do Paquistão, declarou que Urdu será a única língua para o oeste e Paquistão do leste. Os povos de ´Paquistão do leste (agora Bangladesh), cuja a língua principal é bengali, começaram protestar de encontro a isto. Uma reunião do estudante em 21 fevereiro chamou-se para uma batida província-larga. Mas o governo invocou a seção 144 em 20 fevereiro. A comunidade dos estudantes em uma reunião sobre a manhã de 21 fevereiro concordou continuar com seu protesto mas não quebrar a lei da seção 144. Mesmo assim as polícias abertas ateiaram fogo e mataram os estudantes.

    sábado, 20 de fevereiro de 2010

    Ode et amo, serpentes e colibris



    "todo anjo é terrível! E eu os invoco, criaturas quase inefáveis a alma, sabendo quem sois."
    Rainer Maria Rilke – praga, 1875.



    Se Rilke não tivesse existido eu o inventaria, igualzinho ao que ele foi: filósofo, poeta, sábio, mestre e tcheco.

    ODEIO APENAS: mentiras e beterrabas, beterrabas até engulo cruas, mentiras nem cruas, nem nuas, nem com casca... porque mentiras apodrecem a ALMA..

    ABOMINO: falta de caráter, pobreza de espírito, inveja, cobiça, rancor, falcatruas, traições, intrigas, desonestidade, serpentes, escorpiões, máscaras, porque tudo DESTRÓI.

    DESPREZO: a falta de solidariedade, a falta de amor próprio, o egoísmo, o egocentrismo, a futilidade, a avareza, o orgulho, a covardia, porque tudo DIMINUI.

    AMO: a vida, a verdade absoluta, o caráter, a dignidade, o glamour, a simplicidade, a honestidade, a força, a vontade, a luta, o prazer, o belo, o poder da doação, a amizade, a escolha, a hombridade, a coragem, o desnudar de alma, a entrega plena... a capacidade de: dividir, olhar, tocar, sentir, acreditar, deitar, beijar, lamber, ouvir, degustar, a coragem de expor medos e fraquezas, a coragem de olhar por dentro da gente mesmo e admitir que, mesmo tentando nos transformar, somos humanos e erramos. porque tudo é poético, mágico, encantador e CONSTRÓI e se constrói, até a divisão é sinônimo de SOMA.

    EU, urha, sou o caçador de encantos, e só quero lirismo que liberta, pois o colibri tem que voar para sugar o néctar fresco e doce da jovem e colorida flor de hibisco todas as manhãs... vinde a mim os passarinhos, quando quiserem e se quiserem, porque para mim, amor é LIBERTAÇÃO.

    sigo só, vagalumeando sozinho, mas sempre na direção da luz, da paz, da harmonia, da beleza, da crença e do amor absoluto, porque quero levar desta vida o doce, o bom, o belo, e principalmente o ingênuo e puro, porque dentro de mim cultivo a criança eterna que sempre terá rosto e forma, que ri, que chora, que acredita, que pensa, que doa, que brinca, que sonha, que tem medo, que tem fraquezas, que tem forças, que verga, que quebra, que junta, que corre, que pára, que (acima de tudo) vê a alma de quem entra no seu mundo e que atende pelo nome de urhacy faustino.

    Urhacy Faustino


    sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

    Comemoração dos 537 anos de Nicolau Copérnico


    Nicolau Copérnico (em polaco Mikołaj Kopernik; em latim Nicolaus Copernicus; Toruń, 19 de Fevereiro de 1473 — Frauenburgo, 24 de Maio de 1543) foi um astrónomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico.


    Sua teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente teoria geocêntrica (que considerava, a Terra como o centro), é tida como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna.
    Na teoria de Copérnico, a Terra move-se em torno do Sol. Mas, seus dados foram corrigidos pelas observações de Tycho Brahe. Com base nelas e em seus próprios cálculos, Johannes Kepler reformou radicalmente o modelo copernicano e chegou a uma descrição realista do sistema solar. O movimento da Terra era negado pelos partidários de Aristóteles e Ptolomeu. Eles sustentavam que, caso a Terra se movesse, as nuvens, os pássaros no ar ou os objetos em queda livre seriam deixados para trás. Galileu combateu essa ideia, afirmando que, se uma pedra fosse abandonada do alto do mastro de um navio, um observador a bordo sempre a veria cair em linha reta, na vertical. E, baseado nisso, nunca poderia dizer se a embarcação estava em movimento ou não. Caso o barco se movesse, porém, um observador situado na margem veria a pedra descrever uma curva descendente – porque, enquanto cai, ela acompanha o deslocamento horizontal do navio. Tanto um observador quanto o outro constataria que a pedra chega ao convés exatamente no mesmo lugar: O pé do mastro. Pois ela não é deixada para trás quando o barco se desloca. Da mesma forma, se fosse abandonada do alto de uma torre, a pedra cairia sempre ao pé da mesma – quer a Terra se mova ou não.

    O cardeal S. Roberto Francisco Belarmino presidiu o tribunal que proibiu a teoria copernicana. Culto e moderado, ele conseguiu poupar Galileu. Estimulado pelo novo papa Urbano VIII, seu grande admirador, o cientista voltou à carga. Mas o Papa sentiu-se ridicularizado num livro de Galileu. E isso motivou sua condenação.

    O percurso das balas de canhão e a queda dos corpos também foram estudadas por Galileu. Ele demonstrou que a curva descrita pelos projéteis é um arco de parábola e que os corpos caem em movimento uniformemente acelerado. Segundo as biografias romanceadas do cientista, ele teria realizado um experimento que desmoralizou definitivamente a física aristotélica. Subindo ao alto da torre de Pisa, deixou cair, no mesmo instante, dois corpos esféricos de volumes e massas diferentes: uma bala de mosquete e outra de canhão. Contra as expectativas dos acadêmicos aristotélicos, que apostavam na vitória da bala de canhão e na derrota do cientista, os corpos chegaram rigorosamente juntos ao chão.

    O historiador da ciência Alexandre Koyré demonstrou que, assim como muitos outros mitos que enfeitam os relatos sobre a vida de Galileu, a famosa experiência de Pisa jamais ocorreu. Ela foi, na verdade, um experiência idealizada, que o cientista realizou no recesso da sua consciência, e não um ruidoso espetáculo público. Sabia-se, desde o final da Idade Média, que a velocidade dos corpos aumentava à medida que eles caíam. E também se conhecia a lei matemática que descreve os movimentos uniformemente acelerados. O mérito de Galileu foi juntar as duas coisas e mostrar que, descartada a resistência do ar, todos os objetos caem com a mesma aceleração.

    A teoria do modelo heliocêntrico, a maior teoria de Copérnico, foi publicada em seu livro, De revolutionibus orbium coelestium ("Da revolução de esferas celestes"), durante o ano de sua morte, 1543. Apesar disso, ele já havia desenvolvido sua teoria algumas décadas antes.

    O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocêntrico, ou antropocêntrico, com a Terra em seu centro. Copérnico acreditava que a Terra era apenas mais um planeta que concluía uma órbita em torno de um sol fixo todo ano e que girava em torno de seu eixo todo dia. Ele chegou a essa correta explicação do conhecimento de outros planetas e explicou a origem dos equinócios corretamente, através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também deu uma clara explicação da causa das estações : O eixo de rotação da terra não é perpendicular ao plano de sua órbita.

    Em sua teoria, Copérnico descrevia mais círculos, os quais tinham os mesmos centros, do que a teoria de Ptolomeu (modelo geocêntrico). Apesar de Copérnico colocar o Sol como centro das esferas celestiais, ele não fez do Sol o centro do universo, mas perto dele.

    Do ponto de vista experimental, o sistema de Copérnico não era melhor do que o de Ptolomeu. E Copérnico sabia disso, e não apresentou nenhuma prova observacional em seu manuscrito, fundamentando-se em argumentos sobre qual seria o sistema mais completo e elegante.

    Da sua publicação, até aproximadamente 1700, poucos astrônomos foram convencidos pelo sistema de Copérnico, apesar da grande circulação de seu livro (aproximadamente 500 cópias da primeira e segunda edições, o que é uma quantidade grande para os padrões científicos da época). Entretanto, muitos astrônomos aceitaram partes de sua teoria, e seu modelo influenciou muitos cientistas renomados que viriam a fazer parte da história, como Galileu e Kepler, que conseguiram assimilar a teoria de Copérnico e melhorá-la. As observações de Galileu das fases de Vênus produziram a primeira evidência observacional da teoria de Copérnico. Além disso, as observações de Galileu das luas de Júpiter provaram que o sistema solar contém corpos que não orbitavam a Terra.

    O sistema de Copérnico pode ser resumido em algumas proposições, assim como foi o próprio Copérnico a listá-las em uma síntese de sua obra mestra, que foi encontrada e publicada em 1878.

    As principais partes da teoria de Copérnico são:

    Os movimentos dos astros são uniformes, eternos, circulares ou uma composição de vários círculos (epiciclos).

    O centro do universo é perto do Sol.

    Perto do Sol, em ordem, estão Mercúrio, Vênus, Terra, Lua, Marte, Júpiter, Saturno, e as estrelas fixas.

    A Terra tem três movimentos: rotação diária, volta anual, e inclinação anual de seu eixo.

    O movimento retrógrado dos planetas é explicado pelo movimento da Terra.

    A distância da Terra ao Sol é pequena se comparada à distância às estrelas.

     Se essas proposições eram revolucionárias ou conservadoras era um tópico muito discutido durante o vigésimo século. Thomas Kuhn argumentou que Copérnico apenas transferiu algumas propriedades, antes atribuídas a Terra, para as funções astronômicas do Sol. Outros historiadores, por outro lado, argumentaram a Kuhn, que ele subestimou quão revolucionárias eram as teorias de Copérnico, e enfatizaram a dificuldade que Copérnico deveria ter em modificar a teoria astronômica da época, utilizando apenas uma geometria simples, sendo que ele não tinha nenhuma evidência experimental.

    Modelo Heliocêntrico

    Nicolaus Copernicus Tornaeus Borussus Mathematicus (Theodor de Bry e Jean-Jacques Boissard, 1597)Ver artigo principal: Heliocentrismo

    Os filósofos do século XV aceitavam o geocentrismo como fora estruturado por Aristóteles e Ptolomeu. Esse sistema cosmológico afirmava (corretamente) que a Terra era esférica, mas também afirmava (erradamente) que a Terra estaria parada no centro do Universo enquanto os corpos celestes orbitavam em círculos concêntricos ao seu redor. Essa visão geocêntrica tradicional foi abalada por Copérnico em 1537, quando este começou a divulgar um modelo cosmológico em que os corpos celestes giravam ao redor do Sol, e não da Terra. Essa era uma teoria de tal forma revolucionária que Copérnico escreveu no seu De revolutionibus orbium coelestium (do latim: "Das revolucões das esferas celestes"): "quando dediquei algum tempo à idéia, o meu receio de ser desprezado pela sua novidade e o aparente contra-senso quase me fez largar a obra feita".

    Naquele tempo a Igreja Católica aceitava essencialmente o geocentrismo aristotélico, (embora a esfericidade da Terra estivesse em aparente contradição com interpretações literais de algumas passagens bíblicas). Ao contrário do que se poderia imaginar, durante a vida de Copérnico não se encontram críticas sistemáticas ao modelo heliocêntrico por parte do clero católico. De fato, membros importantes da cúpula da Igreja ficaram positivamente impressionados pela nova proposta e insistiram para que essas idéias fossem mais desenvolvidas. Contudo a defesa, quase um século depois, por Galileu Galilei, da teoria heliocêntrica vai deparar-se com grandes resistências no seio da mesma Igreja Católica.

    Como Copérnico tinha por base apenas suas observações dos astros a olho nu e não tinha possibilidade de demonstração da sua hipótese, muitos homens de ciência acolheram com cepticismo as suas ideias. Apesar disso, o trabalho de Copérnico marcou o início de duas grandes mudanças de perspectiva. A primeira, diz respeito à escala de grandeza do Universo: avanços subseqüentes na astronomia demonstraram que o universo era muito mais vasto do que supunham quer a cosmologia aristotélica quer o próprio modelo copernicano; a segunda diz respeito à queda dos graves. A explicação aristotélica dizia que a Terra era o centro do universo e portanto, o lugar natural de todas as coisas. Na teoria heliocêntrica,contudo, a Terra perdia esse estatuto, o que exigiu uma revisão das leis que governavam a queda dos corpos, e mais tarde, conduziu Isaac Newton a formular a lei da gravitação universal.




    quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

    Parabéns para o grande poeta Lêdo Ivo!



    Lêdo Ivo (Maceió, 18 de fevereiro de 1924) é um jornalista, poeta, romancista, contista, cronista e ensaísta brasileiro.
    Publicou o seu primeiro livro, As Imaginações. Fez jornalismo e tradução . Da sua vasta obra, destacam-se títulos como Ninho de Cobras, A Noite Misteriosa, As Alianças, Ode ao Crepúsculo, A Ética da Aventura ou Confissões de um Poeta.
    É membro da Academia Brasileira de Letras, eleito em 1986 para a cadeira 10, sucedendo a Orígenes Lessa.


    Soneto dos Vinte Anos


    Que o tempo passe, vendo-me ficar
    no lugar em que estou, sentindo a vida
    nascer em mim, sempre desconhecida
    de mim, que a procurei sem a encontrar.

    Passem rios, estrelas, que o passar
    é ficar sempre, mesmo se é esquecida
    a dor de ao vento vê-los na descida
    para a morte sem fim que os quer tragar.

    Que eu mesmo, sendo humano, também passe
    mas que não morra nunca este momento
    em que eu me fiz de amor e de ventura.

    Fez-me a vida talvez para que amasse
    e eu a fiz, entre o sonho e o pensamento,
    trazendo a aurora para a noite escura.

    Aniversário de morte de Fagundes Varela



    Nascimento:1841/08/17 Nossa Senhora da Piedade (Rio Claro/RJ)
    Morte: 1875/02/18 Niterói RJ
    Época: Romantismo (Segunda Geração)
    País: Brasil

    Fagundes Varela (Nossa Senhora da Piedade [Rio Claro] RJ 1841 - Niterói RJ 1875) publicou seu primeiro livro de poesia, Noturnas, em 1861. Na época, já havia publicado artigos e poemas na Revista Dramática e Revista da Associação Recreio Instrutivo, de São Paulo SP. Em 1961 também publicou os folhetins As Ruínas da Glória e A Guarida de Pedra, e de poemas em homenagem aos atores Furtado Coelho, Eugênia Câmara e João Caetano, no Correio Paulistano. Entre 1862 e 1866 cursou Direito em São Paulo e em Recife PE, mas não chegou a concluir a faculdade. Sua obra poética inclui os livros O Estandarte Auriverde (1863), Vozes da América (1864), Cantos e Fantasias (1869), Cantos Meridionais (1869), Cantos do Ermo e da Cidade (1869), Anchieta; ou, O Evangelho nas Selvas (1875), e os póstumos Cantos Religiosos (1878) e O Diário de Lázaro (1880). Em 1882 foram publicadas suas Obras Completas, e em 1857 suas Poesias Completas. Fagundes Varela é um dos nomes mais importantes do Romantismo brasileiro. Segundo o crítico Edgard Cavalheiro, "sua poesia, pelo menos a mais expressiva, aquela que mais alto o eleva, focaliza, com uma constância digna de nota num temperamento tão versátil, a luta entre a cidade e o campo, entre a solidão e o convívio social. Nesse dualismo Fagundes Varela se debateu, numa luta que assume, por vezes, aspectos de intensa dramaticidade.".





    IDEAL

    Não és tu quem eu amo, não és!
    Nem Teresa também, nem Ciprina;
    Nem Mercedes a loira, nem mesmo
    A travessa e gentil Valentina.

    Quem eu amo te digo, está longe;
    Lá nas terras do império chinês,
    Num palácio de louça vermelha
    Sobre um trono de azul japonês.

    Tem a cútis mais fina e brilhante
    Que as bandejas de cobre luzido;
    Uns olhinhos de amêndoa, voltados,
    Um nariz pequenino e torcido.

    Tem uns pés... oh! que pés, Santo Deus!
    Mais mimosos que uns pés de criança,
    Uma trança de seda e tão longa
    Que a barriga das pernas alcança.

    Não és tu quem eu amo, nem Laura,
    Nem Mercedes, nem Lúcia, já vês;
    A mulher que minh'alma idolatra
    É princesa do império chinês.

    (Publicado no livro Vozes da América: poesias (1864).

    In: GRANDES poetas românticos do Brasil. Pref. e notas biogr. Antônio Soares Amora. Introd. Frederico José da Silva Ramos. São Paulo: LEP, 1959. v.2, p.11 )
    No site

    quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

    Aniversário de morte de Pixinguinha



    Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha, (Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897 — Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973) foi um flautista, saxofonista, compositor, e arranjador brasileiro.
    Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.
    Era filho do músico Alfredo da Rocha Viana, funcionário dos correios, flautista e que possuía uma grande coleção de partituras de choros antigos. Pixinguinha aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos músicos, entre eles o China (Otávio Viana). Foi ele quem obteve o primeiro emprego para o garoto, que começou a atuar em 1912 em cabarés da Lapa e depois substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio Branco. Nos anos seguintes continuou atuando em salas de cinema, ranchos carnavalescos, casas noturnas e no teatro de revista.
    Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves ou Mário Reis. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias.
    Quando compôs "Carinhoso", entre 1916 e 1917 e "Lamentos" em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, "Carinhoso" na época não foi considerado choro, e sim uma polca.
    Outras composições, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo" e "Sofres porque Queres".No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro, trata-se de uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.
    Pixinguinha faleceu na igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, quando seria padrinho de um batizado.

    terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

    Ala das baianas

    A ala de baianas é considerada como uma das mais importantes de uma escola de samba. Composta, preferencialmente, por senhoras vestidas com roupas que remetem às antigas tias baianas dos primeiros grupos de samba do início do século XX, no Rio de Janeiro. Foi introduzida no desfile ainda nos anos 1930 como uma forma de homenagem às "tias" do samba, que abrigavam sambistas em suas casas, na época em que o ritmo era marginalizado. É uma ala obrigatória em todos os desfiles de escolas de samba, mesmo não sendo quesito oficial em nenhum deles.[6][69] As fantasias das baianas contam pontos para o Quesito Fantasia o modo como desfilam conta pontos para o Quesito Evolução, porém toda escola deve se apresentar com um número mínimo de baianas. Nos anos 1940 a 50, era comum que homens desfilassem vestidos de baianas, prática que passou a ser proibida no Rio de Janeiro nos anos 1990, mas foi liberada pelas AESCRJ, no Grupo de acesso, a partir o ano de 2006, exceto para o Grupo A (atual Grupo de acesso, que a partir do Carnaval 2009 passaria a pertencer à LESGA)
    A roupa clássica das baianas compõe-se de torso, bata, pano da costa e saia rodada. Entretanto, freqüentemente podemos ver baianas com as mais inusitadas fantasias, tais como noivas, estátuas da liberdade, seres espaciais, globo terrestre (foto) ou poços de petróleo.

    No carnaval 2010, a ala das baianas virará quesito das escolas de samba dos Grupos Rio de Janeiro, pertencentes a AESCRJ.



    segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

    Aniversário de falecimento de mestre Bimba, criador da capoeira regional


    Manoel dos Reis Machado, também conhecido como Mestre Bimba (Salvador, 23 de Novembro de 1899 - Goiânia, 15 de Fevereiro de 1974) criou a capoeira regional ao perceber que a capoeira perdera seu valor marcial e estava se tornando apenas uma dança folclórica. Mestre Bimba tinha o intuito de criar não apenas uma luta, mas também um estilo de vida. Praticantes dessa arte se denominaram "capoeira". Além disso, Mestre Bimba também criou uma variação da capoeira regional, a Benguela.

    Bimba empunhava regras para os praticantes da capoeira regional, sendo elas:

    - Não beber e não fumar. Pois os mesmos alteravam o desempenho e a consciência do capoeira.
    - Evitar demonstrações de todas as técnicas, pois a surpresa é a principal arma dessa arte.
    - Praticar os fundamentos todos os dias.
    - Não dispersar durante as aulas.
    - Manter o corpo relaxado e o mais próximo do seu adversário possível, pois dessa forma o capoeira desenvolveria mais.
    - Sempre ter boas notas na escola.

    No vídeo de B. M. Farias "Relíquias da Capoeira - Depoimento do Mestre Bimba", o próprio Manuel comenta sobre os motivos que o fizeram se mudar para Goiânia. Depois, em uma reunião de especialistas em capoeira no Rio de Janeiro, explica-se mais sobre o nome do esporte, sobre a criação da capoeira de Angola e sobre esse lendário personagem chamado Mestre Bimba.

    Entrudo, o Carnaval trazido de Portugal!

    O costume de se brincar no período do carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVI, com o nome de Entrudo.
    Já na Idade Média, costumava-se comemorar o período carnavalesco em Portugal com toda uma série de brincadeiras que variavam de aldeia para aldeia. Em algumas notava-se a presença de grandes bonecos, chamados genericamente de "entrudos".
    No Brasil, essa forma de brincar — que consistia num folguedo alegre mas violento — já pode ser notada em meados do século XVI, persistindo, com esse nome, até as primeiras décadas do século XX.
    A denominação genérica de Entrudo, entretanto, engloba toda uma variedade de brincadeiras dispersas no tempo e no espaço. Aquilo que a maioria das obras descreve como Entrudo, é apenas a forma que essas brincadeiras adquiriram a partir de finais do século XVIII na cidade do Rio de Janeiro. Mesmo aí, a brincadeira não se resumia a uma única forma. Havia, na verdade vários tipos de diversões que se modificavam de acordo com o local e com os grupos sociais envolvidos.
    Atualmente, como explica o pesquisador Felipe Ferreira, em O livro de ouro do carnaval brasileiro, entende-se que existiam, no Rio de Janeiro do início do século XIX, duas grandes categorias de Entrudo: O Entrudo Familiar e o Entrudo Popular.

    Os diferentes tipos de "Entrudos"
     
     
     
    O Entrudo Familiar
    Acontecia dentro das casas senhoriais dos principais centros urbanos. Era caracterizado pelo caráter delicado e convivial e pela presença dos limões de cheiro que os jovens lançavam entre si com o intuito de estabelecer laços sociais mais intensos entre as famílias.

    O Entrudo Popular
    Era a brincadeira violenta e grosseira que ocorria nas ruas das cidades. Seus principais atores eram os escravos e a população das ruas, e sua principal característica era o lançamento mútuo de todo tipo de líquidos (até sêmem ou urina)ou pós que estivessem disponíveis.
    Entre esses dois extremos havia toda uma variedade de "Entrudos" que envolviam em maior ou menor grau grande parte da população dos principais centros urbanos do país.



    A batalha contra o Entrudo
    A partir dos anos 1830, uma série de proibições se sucedem na tentativa, sempre infrutífera, de acabar com a festa grosseira.
    Combatido como jogo selvagem, o entrudo continuou a existir com esse nome até as primeiras décadas do século XX e existe até hoje no espírito das brincadeiras carnavalescas mais agressivas, como a "pipoca" do carnaval baiano ou o "mela-mela" da folia de Olinda.

    domingo, 14 de fevereiro de 2010

    A história das Escolas de Samba


    Batuque,  Rugendas
    A aparição das escolas de samba está ligada à própria história do carnaval carioca em si, bem como da criação do samba moderno. Foram os sambistas do Estácio, com a fundação da Deixa Falar, em 1928, que organizaram as bases das atuais escolas de samba, entre eles Ismael Silva, na sua idéia de criar um bloco carnavalesco diferente, que pudesse dançar e evoluir ao som do samba.

    Data de 1929 o primeiro concurso de sambas, realizado na casa de Zé Espinguela, onde saiu vencedor o Conjunto Oswaldo Cruz, e do qual também participaram a Mangueira e a Deixa Falar. Alguns consideram este como sendo o marco da criação das escolas de samba.

    No entanto, entre 1930 e 1932, estas apenas foram consideradas como uma variação dos blocos, até que em 1932 o Jornal Mundo Sportivo, de propriedade do jornalista Mário Filho, decidiu patrocinar o primeiro Desfile de Escolas de Samba, na Praça Onze.[10] Na redação do jornal - que também abrigava compositores de sucesso (tais como Antônio Nássara, Armando Reis e Orestes Barbosa), surgiu a idéia de realizar a organização de um desfile carnavalesco. O jornal, inaugurado no ano anterior por Mário Filho, irmão do jornalista Nelson Rodrigues, com o término do campeonato de futebol, estava sem assunto e perdia leitores; por este motivo, o jornalista Carlos Pimentel, muito ligado ao mundo do samba, teve a idéia de realizar na Praça Onze um desfile de escolas de samba, na época ainda grafadas entre aspas.

    A convite do Mundo Esportivo, 19 escolas compareceram. O jornal estabeleceu critérios para o julgamento das escolas participantes. A tradicional "ala das baianas" era pré-requisito para concorrer, sendo que as escolas, todas com mais de cem componentes, deveriam apresentar sambas inéditos e não usar instrumento de sopro, entre outras exigências.

    A escola vencedora foi a Estação Primeira da Mangueira, enquanto o segundo lugar coube ao grupo carnavalesco de Osvaldo Cruz, hoje Portela. O sucesso garantiu a oficialização do concurso que permaneceu na Praça Onze até 1941. Com o tempo, as escolas de samba aproveitaram muitos elementos trazidos pelos ranchos, tais como o enredo, o casal de mestre-sala e porta-bandeira e a comissão de frente, elementos aos quais Ismael Silva, ao idealizar o Deixa Falar, era contrário.

    Porém, as contribuições da Deixa Falar - que nunca chegou a desfilar como escola de samba realmente - foram fundamentais para fixar as características principais das escolas atuais. Entre elas destacam-se: o gênero musical (samba moderno), o cortejo capaz de desfilar sambando, o conjunto de percussão, sem a utilização de instrumentos de sopro, e a ala das baianas.

    Com a ascensão do nacionalista Getúlio Vargas, e a fundação da União Geral das Escolas de Samba, em 1934 - ainda que a marginalização do samba persistisse por algum tempo - as escolas de samba começaram a se expandir e a ganhar importância dentro do carnaval carioca, suplantando os ranchos e as sociedades carnavalescas na preferência do público, até que estes viessem a se extinguir. Não demorou muito para que as escolas de samba também se expandissem para outros estados, com a fundação em 1935 da Primeira de São Paulo, a primeira escola de samba de São Paulo. Os concursos oficiais de escolas de samba na capital paulista só começaram em 1950, com a vitória da Lavapés, porém antes disso já existiram outros torneios de âmbito sub-municipal e também estadual. No início dos anos 1960, com a decadência dos cordões carnavalescos em São Paulo, alguns destes grupos, como o Vai-Vai e o Camisa Verde e Branco tornaram-se também escolas de samba.

    Em Porto Alegre a primeira Escola de Samba considerada “moderna" foi a Academia de Samba Praiana, que em 1961, revolucionou o desfile de Porto Alegre. Até então, existiam blocos, cordões e tribos carnavalescas. A Praiana foi a primeira escola de samba do Rio Grande do Sul a introduzir enredos, alas, baianas, mestre-sala e porta-bandeira e outras características das escolas de samba do Rio de Janeiro.

    Em 1952, foi criado pela primeira vez, no Rio de Janeiro, o Grupo de acesso, devido ao grande número de escolas previsto para o desfile. Naquele ano, o desfile do grupo de acesso (Grupo 2, atual Grupo RJ-1) foi realizado e teve seu julgamento, porém o desfile do grupo principal (Grupo 1, hoje Grupo Especial) realizado sob fortes chuvas, teve o julgamento anulado, motivo este de não ter havido rebaixamento, apenas ascensão das primeiras colocadas do Grupo 2.

    Em 1953, a partir da fusão da UGESB com a FBES, surge a Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro, que organizaria o desfile até a criação da LIESA, liga formada pelas escolas de samba da divisão principal, que passou a ser chamada de Grupo Especial. Em 2008, foi criada, para o carnaval do ano seguinte, a LESGA, com as escolas do segundo grupo passando também a ter sua liga própria. A criação da LIESA inspirou entidades semelhantes em outras cidades, como por exemplo a LIGA-SP.

    Em 1984, no Rio de Janeiro, durante o Governo de Leonel Brizola, foi criado o Sambódromo, um espaço definitivo para a apresentação das escolas de samba, obra muito criticada pelas Organizações Globo. A recém-criada Rede Manchete transmite o desfile e alcança o primeiro lugar em audiência. Anos depois, em São Paulo, a prefeita Luiza Erundina fez o mesmo, criando o Sambódromo do Anhembi.

    Hoje, muitas outras cidades espalhadas pelo país também possuem os seus sambódromos, entre elas Manaus, por exemplo, que em 1993 teve seu desfile transmitido pela Rede Manchete para todo o país, ao vivo. Porto Alegre com o sambódromo Porto Seco e Vitoria com o Sambão do Povo.


    sábado, 13 de fevereiro de 2010

    Coisas de carnaval - o que significa o confete e a serpentina?



    Essas “armas” da folia carnavalesca já eram usadas na metade do século 19 nos bailes de máscara em vários países da Europa. No Brasil, elas apareceram um pouco mais tarde, por volta da década de 1890.
    O confete chegou ao Rio de Janeiro junto com o costume dos corsos – carros decorados, também importados da tradição européia, que desfilavam carregados de foliões. Na época, o confete e o corso foram comemorados pelos jornais como símbolos de civilização. Também, pudera: nos primeiros tempos do nosso Carnaval, as brincadeiras eram inspiradas no entrudo, uma folia herdada de Portugal que envolvia água, lama e outras nojeiras.
    Nesse sentido, as batalhas de confetes eram muito mais limpas e inofensivas. A mesma coisa vale para as serpentinas. Elas também surgiram mais ou menos na mesma época, inspiradas pelas chamadas “bolas carnavalescas”, que estrearam no Carnaval de 1878.
    “Algumas dessas bolas eram de papel de seda e se desfaziam ao serem jogadas”, afirma a historiadora Rachel Soihet no livro A Subversão pelo Riso.

    sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

    Aniversariantes de hoje


    1809 - Abraham Lincoln, 16° presidente dos Estados Unidos (m. 1865) 
    1809 - Charles Darwin, biólogo britânico (m. 1882)
    1908 - Olga Benario Prestes, judia alemã, militante comunista. (m. 1942)
    1923 - Franco Zeffirelli, diretor de cinema italiano.
    1933 - Constantin Costa-Gavras, cineasta franco-grego.
    1938 - Martinho da Vila, cantor brasileiro de MPB.

    Aniversário de morte de Zé da Luz (Cordelista)



    Zé da Luz, Severino de Andrade Silva, nasceu em Itabaiana, PB, em 29/03/1904 e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 12/02/1965. O trabalho de Zé da Luz é conhecido pela linguagem matuta presente em seus cordéis.








    AI! SE SÊSSE!...

    Se um dia nós se gostasse;
    Se um dia nós se queresse;
    Se nós dos se impariásse,
    Se juntinho nós dois vivesse!
    Se juntinho nós dois morasse
    Se juntinho nós dois drumisse;
    Se juntinho nós dois morresse!
    Se pro céu nós assubisse?
    Mas porém, se acontecesse
    qui São Pêdo não abrisse
    as portas do céu e fosse,
    te dizê quarqué toulíce?
    E se eu me arriminasse
    e tu cum insistisse,
    prá qui eu me arrezorvesse
    e a minha faca puxasse,
    e o buxo do céu furasse?...
    Tarvez qui nós dois ficasse
    tarvez qui nós dois caísse
    e o céu furado arriasse
    e as virge tôdas fugisse!!!


    Saiba mais em e também




    Souvenir

                    



    Os dois estavam esperando sentados perto dos táxis na rodoviária. Não foi difícil reconhecer meu amigo. Dez anos se passaram, mas a cara dele não mudou. Cabelos compridos, brinco numa das orelhas e uma inconfundível irreverência que salta aos olhos. Beijinho, abraço, apresentou a filha, que eu não conhecia, por coincidencia nascida no mesmo dia que eu, com 31 anos de diferença. A expressão do meu amigo me pareceu cansada, sem o entusiasmo de 10 anos atrás. É a única diferença que notei.
    Meu amigo ama o Brasil. Diz que é primeiro mundo em relação à África. Segundo ele, São Paulo, pelo menos, é.
    Onde vamos? Tanto faz, eles respondem. Eu decido levá-los pra minha casa, assim, enquanto rego minhas plantas quase mortas de calor, colocamos a conversa em dia. Falo só com o pai, a menina escuta atenta. Eles são franceses, mas falam bem o portugues. Ele trabalha para o Médicos sem Fronteiras. Uma missão de cada vez, com começo meio e fim. Agora ele está entre missões, vai se dar umas férias. Conviveu por tempo demais com a miséria na África. Mulheres estupradas, aids, fome, desnutrição infantil, crianças arregimentadas por exércitos coisas desse tipo. Quer distância de lá por uns tempos.
    Mais à noite, comemos uma pizza e em volta da mesa, toda minha família escuta, atenta, as façanhas do meu amigo. Ele falou desde o convívio com governantes corruptos, passando pelo jeito de comer do africano (não come fora de casa por medo da comida estar enfeitiçada), até a carteira de motorista que ele tirou em Moçambique, já quarentão. Pode-se optar por comprar a carteira ou fazer o exame com o seu carro mesmo. Ele preferiu não pagar. O exame constava de uma volta no quarteirão, sem exceder os 30km por hora e chegar ao ponto de partida. Êxito! Não custou um centavo. E a carteira é válida na França, o que é no mínimo curioso, pois ingleses tem que fazer um pequeno curso de adaptação para dirigir na França. Antes que alguém diga que é por causa da mão inversa, saibam que em Moçambique a mão inversa também!
    Dia seguinte, apanho-os no hotel e partimos para o local onde eu morei por muitos anos, no meio da mata. Ele queria conhecer a cabana em que eu vivera. Meu amigo já conhecia o local, mas muito antes de eu construir a cabana, ou as cabanas. Compramos algumas frutas e subimos o morro, uma puxada de 17 km, quase no topo da Serra da Mantiqueira. A paisagem seria mais bonita se não fossem as clareiras de pasto e as ilhas de eucalipto. Mas, uma vez adentrados na floresta, a civilização parece não existir mais. Na cachoeira, viramos bichos, tiramos toda a roupa e refrescamos os corpos. Os tres ficamos em silêncio, aquele silêncio que não incomoda. Pensei até em passarmos aquela noite na mata, de tão boa que estava a energia.
    Quando o sol já ia se escondendo por trás das montanhas, tipo 4h da tarde, sentamos pra comer. Frutas, pão, queijo e patês franceses, isso da parte deles. Da minha parte eu levei arroz integral e caruru cozido. Eles comeram do meu e eu comi do deles… o do vizinho é sempre mais apetitoso!
    No caminho de volta, eles quiseram olhar uma casa abandonada, eu desencorajei por causa do mato alto. Eles estavam de bermudas, eu tive medo de cobras. Uma picada de cobras nessa lonjura, a dois kilometros do carro e mais 17 da cidade, não ia ser nada engraçado. Acabamos indo mesmo assim. Eu na frente, ia abrindo o caminho pra eles. Fui o primeiro a entrar na casa, na varanda, uma espécie de deque de madeira. De repente eles começam a gritar que tem abelhas atacando. Eu mais que depressa mando que eles voltem correndo na direção de onde viemos. Eu fiquei, esperei as abelhas acalmarem e muito devagar desci do deque e fui em busca dos meus amigos. Desesperado, pois não sabia se eles tinham sido picados.
    Encontrei-os a 500 metros da casa a cutucar os olhos. Tinham sido picados nos olhos! Os dois! Eu, em 25 anos lidando com abelhas, nunca levei uma picada nos olhos. Dei a eles uma planta cheia de seiva pra passarem nas picadas, mas não adiantou, eles disseram. A dor era muita, reclamava o meu amigo. Fui olhar de perto e constatei que o ferrão estava cravado no branco dos olhos. Por um acaso do destino, eu estava com meus óculos para enxergar de perto e com um canivete suiço que só falta falar e tem uma pequena pinça. Mais que depressa pedi que ele se sentasse e retirei o ferrão do meio do mar de lágrimas que era o olho dele. Em seguida, retirei o ferrão da pálpebra da menina.
    Perguntei se eles podiam caminhar e tocamos de volta por carro. Na subida em direção ao carro, um silencio que incomodava. O passeio tinha recebido um grande golpe. Meu amigo, então, me perguntou que tipo de inseto tinha atacado. Eu respondi sem pensar, que eram abelhas africanas. Ele virou a cabeça e me olhou com o olho que podia enxergar.
    — Abelhas africanas? Malditas! E eu que pensei que ia tirar férias da África!
    Não sei como, conseguimos rir os tres! Uma hora depois eles já estavam desmaiados no quarto de uma pousada, após uma overdose de antihistamínico. Ninguém ficou cego.
    Chico Abelha