quinta-feira, 29 de junho de 2017

Aniversário do pai do Pequeno Príncipe


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Antoine de Saint-Exupéry, nascido em 29 de junho de 1900. Se vivo, estaria completando 117 anos!


Apaixonado pela mecânica, estudou no colégio jesuíta de Notre-Dame, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Maristas, na Suíça, onde permanece até 1917. Em abril de 1921, inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.

Em 17 de junho, obtém em Rabat, para onde fora mandado, o brevê de piloto civil. Em 1922, já é piloto militar brevetado, com o posto de subtenente da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação , onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar, na mesma equipe dos pioneiros Vacher, Mermoz, Guillaumet e outros.
A última tarefa de Saint-Exupéry foi recolher informação sobre os movimentos de tropas alemãs em torno do Vale do Ródano antes da invasão aliada do sul da França. Em 31 de julho de 1944, ele partiu de uma base aérea na Córsega e não retornou. Uma mulher relatou ter visto um acidente de avião em torno de meio-dia de 1 de agosto perto da Baía de Carqueiranne, Toulon. Um corpo não identificável ​​usando cores francesas foi encontrado vários dias depois a leste do arquipélago Frioul ao sul de Marselha e enterrado em Carqueiranne em setembro.
O alemão Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry. Em 3 de novembro, em homenagem, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha. Seu corpo não foi encontrado.
As suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.
Destaca-se O Pequeno Príncipe (título no Brasil) ou O Principezinho (título em Portugal) de 1943, livro de grande sucesso de Saint-Exupéry.

Le Petit Prince pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem em busca de amigos, que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.


O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor quão equivocados podem ser os nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro nos leva à reflexão sobre a maneira de nos tornarmos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e somos.

Leiam na íntegra: https://pt.wikipedia.org/wiki/Antoine_de_Saint-Exup%C3%A9ry

domingo, 14 de maio de 2017

19 anos da morte de Frank Sinatra




Francis Albert "Frank" Sinatra (Hoboken, 12 de dezembro de 1915 — Los Angeles, 14 de maio de 1998 foi um cantor, ator, e produtor americano, amplamente considerado um dos mais populares e influentes artistas musicais do século 20.
Frank Sinatra era filho de dois imigrantes italianos: Natalia Garaventa, genovesa, mais conhecida como "Dolly", e Antonino Martino Sinatra. Siciliano, analfabeto e boxeador, o pai de Frank Sinatra imigrou para Nova York em 21 de dezembro de 1903, a bordo do Città di Millano SS, vindo juntamente com sua mãe, Rosa Sagliabeni e duas irmãs, Angela e Dorotea, o pai de Antonino, Francesco, avô paterno de Frank Sinatra, já estava em Nova York, trabalhando em uma fábrica de lápis.
Antonino (Anthony) e Dolly se casaram em 14 de fevereiro de 1914, e foram morar em Hoboken, na rua Monroe 415, onde tiveram seu único filho, Frank Sinatra.
Iniciando sua carreira musical na swing era com Harry James e Tommy Dorsey, Sinatra se tornou um artista solo de sucesso sem precendentes no início e meados dos anos 1940, assinando depois com a Columbia Records em 1943. Sendo um ídolo das "bobby boxers" (como eram conhecidas as jovens fãs de swing), ele lançou seu primeiro álbum, The Voice of Frank Sinatra em 1946. Sua carreira profissional estava parada no início da década de 1950, mas renasceu em 1953 ao vencer o Óscar de melhor ator secundário por sua performance em From Here to Eternity(br: A um passo da Eternidade).
Ele assinou com a Capitol Records em 1953 e lançou vários álbuns com aclamação crítica (como In the Wee Small Hours, Songs for Swingin' Lovers, Come Fly with Me, Only the Lonely e Nice 'n' Easy). Sinatra deixou a Capitol e formou sua própria gravadora, Reprise Records em 1961 (encontrando sucesso em álbuns como Ring-a-Ding-Ding!, Sinatra at the Sands e Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim), realizou tours internacionais, e foi um dos fundadores do Rat Pack, além de fraternizar com celebridades e homens de estado, incluindo John F. Kennedy. Sinatra completou 50 anos em 1965, gravou a retrospectiva September of My Years, estrelou no especial de TV ganhador do Emmy Frank Sinatra: A Man and His Music, e lançou hits como Strangers in the Night e My Way.
Com o baixo número de vendas de suas canções e após aparecer em vários filmes mal recebidos pela crítica, Sinatra aposentou-se pela primeira vez em 1971. Dois anos depois, porém, ele voltou e em 1973 gravou vários álbuns, alcançando um "Top 40" com New York, New York em 1980. Usando seus shows em Las Vegas como ponto de partida, ele realizou turnês nos Estados Unidos e internacionalmente, até pouco antes de sua morte em 1998.
Sinatra também forjou uma bem sucedida carreira como ator, vencendo um Óscar de melhor ator secundário, uma nomeação para Oscar de melhor ator por sua performance em The Man with the Golden Arm, e aclamação crítica por sua performance em The Manchurian Candidate. Ele também estrelou em musicais como High Society, Pal Joey, Guys and Dolls e Um Dia em Nova Iorque. Sinatra foi homenageado no Prêmio Kennedy em 1983 e recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade de Ronald Reagan em 1985 e a Medalha de Ouro do Congresso em 1997. Sinatra também recebeu 11 Grammy Awards, incluindo o Grammy Trustees Award, Grammy Legend Award e o Grammy Lifetime Achievement Award.
Foi casado com Nancy Barbato e posteriormente com as atrizes Ava Gardner e Mia Farrow, e com a socialite Barbara Marx, com quem terminou seus dias. Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma por seu trabalho na música e outra por seu trabalho na TV norte-americana. É considerado um dos maiores intérpretes da música na década de 1950. Teve três filhos: Nancy Sinatra, Frank Sinatra Jr., e Tina Sinatra.
Sem nenhum treinamento formal, Sinatra desenvolveu estilo altamente sofisticado. Sua habilidade em criar uma longa e fluente linha musical sem pausas para respiração, sua manipulação de frases o fez chegar bem mais longe que o usual dos cantores populares.
Sinatra apareceu em mais de cinquenta filmes, entre eles: "Anchors Aweigh" (1945), "On The Town" (1949), "From Here To Eternity" (1953), com o qual ganhou o Oscar, "The Man with the Golden Arm" e "High Society" (ambos de 1956), "The Manchurian Candidate" (1962) e "The First Deadly Sin" (1980). Fez parte do chamado Rat Pack, grupo de artistas muito ativo entre meados da década de 1950 e 1960.
Seus principais sucessos são "Fly Me to the Moon", "My Way" e "New York, New York". Sinatra também cantou com o brasileiro Tom Jobim. Na oportunidade, "The Girl from Ipanema" brindou o grande encontro.
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Frank_Sinatra

sexta-feira, 24 de março de 2017

domingo, 19 de março de 2017

Murilo Rubião e seus contos fantásticos!





Murilo Rubião 


Murilo Eugênio Rubião nasceu em Silvestre Ferraz que, em 1953, passou a se chamar Carmo de Minas. Fez seus primeiros estudos nas cidades de Conceição do Rio Verde e Passa Quatro e conclui-os no Grupo Escolar Afonso Pena e no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte. Bacharelou-se em Direito em 1942 pela Universidade de Minas Gerais, atualmente Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O jornalismo sempre o seduziu, tornou-se redator da Folha de Minas e diretor da Rádio Inconfidência.
Em 1947, lançou seu primeiro livro de contos, O ex-mágico, que não teve grande repercussão na época. A partir de então, ingressou no mundo da política, sempre como assessor. Em 1951, ocupou a função de chefe de gabinete do governador Juscelino Kubitschek. Entre 1956 e 1961, exerceu o cargo de adido cultural do Brasil na Espanha. Em 1966 foi designado para organizar o Suplemento Literário do Diário Oficial Minas Gerais, que se tornou um dos melhores órgãos de imprensa cultural já surgidos no país. A publicação de O pirotécnico Zacarias, em 1974, deu súbita fama a Murilo Rubião.
Nos anos subsequentes, a sua exígua obra passou a ser vista como a mais significativa manifestação da literatura fantástica no Brasil. Murilo Rubião influenciou diversos autores brasileiros, dentre eles, José J. Veiga e Moacyr Scliar.
“              Auto-retrato
No livro de registro de nascimento da matriz de Silvestre Ferraz, hoje Carmo de Minas, encontro, ao lado meu, os nomes de meus pais: Eugênio Alvares Rubião e Maria Antonieta Ferreira Rubião. 1916. Meu pai, homem de boa cultura humanística, era filólogo e pertenceu à Academia Mineira de Letras. Escrevia com rara elegância, apesar de gramático. Dele herdei a timidez e um certo ar cerimonioso, que me tem privado da simpatia de numerosas pessoas. Algumas delas mulheres, o que é lamentável.
Em Belo Horizonte residi vinte e cinco anos. Alguns alegres, outros tristes. Lá pretendo morrer. No cemitério do Bonfim, se não for incômodo para os que me sobreviverem. Cursei grupo escolar, ginásio, Faculdade de Direito, e posso afirmar, sem sombra de orgulho, que jamais fui primeiro aluno em qualquer disciplina. Como escritor, alcancei algum êxito na burocracia das letras. Três vezes presidente da Associação Brasileira de Escritores (Secção de Minas Gerais) e vice-presidente do I Congresso Brasileiro de Escritores.
Sete anos levei para escrever e publicar o meu primeiro livro "O Ex-Mágico". Nem por isso ele saiu melhor.
Comecei a ganhar a vida cedo. Trabalhei em uma baleira, vendi livros científicos, fui professor, jornalista, diretor de jornal e de uma estação de rádio. Hoje sou funcionário público.
Celibatário e sem crença religiosa. Duas graves lacunas do meu caráter. Alimento, contudo, sólida esperança de me converter ao catolicismo antes que a morte chegue.
Muito poderia contar das minhas preferências, da minha solidão, do meu sincero apreço pela espécie humana, da minha persistência em usar pouco cabelo e excessivos bigodes. Mas, o meu maior tédio é ainda falar sobre a minha própria pessoa.
Obras e crítica[editar | editar código-fonte]
O ex-mágico (1947)
A estrela vermelha (1953)
Os dragões e outros contos (1965)
O pirotécnico Zacarias (1974)
O convidado (1974)
A casa do girassol vermelho (1978)
A Armadilha (1984)
O homem do boné cinzento e outras histórias (1990)
Contos reunidos (2005)

Quando Murilo Rubião estreou com O ex-mágico, um crítico apontou a semelhança dos contos que compunham o livro e certas obras de Franz Kafka, especificamente A metamorfose. Embora o autor mineiro não conhecesse, na ocasião, o autor tcheco, havia de fato alguns traços comuns que permitiriam incluí-los numa mesma família estética, a da literatura fantástica.
Entende-se por literatura fantástica aquelas narrativas em que ocorrem fatos inconcebíveis, inexplicáveis, surreais e que produzem uma grande sensação de estranhamento nas pessoas. Normalmente, esta atmosfera de irrealidade tem uma dimensão alegórica, ou seja, por meio do absurdo e do inverossímil, ela alude à realidade concreta da existência, cabendo ao leitor escolher um sentido realista para eventos aparentemente sobrenaturais.
Todos os contos de Murilo Rubião trazem esta perspectiva que inválida a lógica e a racionalidade. Mas o absurdo das situações é apenas um artifício do escritor para questionar a realidade. Alguns de seus mais conhecidos contos apresentam – sob a forma de fantasias surrealistas – uma visão desencantada do homem. O ex-mágico é uma sátira à burocracia e à mesmice do cotidiano. Alfredo, uma fábula sobre a não aceitação das diferenças entre os seres. Os dragões, um minitratado sobre a corrupção humana. A noiva da casa azul, uma reflexão sobre a passagem do tempo e o caráter vão de todos os amores. O pirotécnico Zacarias, uma narrativa de humor negro a respeito da vacuidade e da fugacidade da existência. O convidado, uma aterradora alegoria da solidão dos seres e, talvez, da morte. Assim, de cada relato pode-se extrair um ou mais significados ocultos, o que indica a natureza aberta e polissêmica da obra de Murilo Rubião.
Um crítico viu nestes contos, especialmente a partir dos livros O pirotécnico Zacarias e O convidado a criação de um “mundo denso e fantasmagórico em que espectros alienados vivem num universo agoniante. Nele, o homem acaba sendo condenado à esterilidade pela própria incapacidade de modificar o mundo sem saída no qual convive.” (Jorge Schwartz). De fato, a exemplo do que ocorre na obra de Franz Kafka, o absurdo das histórias de Murilo Rubião é apenas uma metáfora do absurdo da condição humana. Apesar do ceticismo do autor, é grande literatura. De forma paradoxal, a linguagem usada para relatar estes acontecimentos surpreendentes é simples e clara.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Murilo_Rubi%C3%A3o

HOMENAGEM À MULHER: DUAS GRANDES FIGURAS FEMININAS PARA NOS SERVIR DE INSPIRAÇÃO


Livros em Blocos homenageia, nesta coluna, o Dia da Mulher, através de duas incríveis representantes do sexo feminino: Charlotte Salomon, pintora alemã, e Maeve Binchy, escritora irlandesa, mulheres que tiveram vidas diametralmente opostas, tanto em termos pessoais quanto profissionais, mas com um ponto em comum: foram fortes, e, ao mesmo tempo, doces e sensíveis frente ao sofrimento humano, e os dilemas que nossa espécie enfrenta no dia a dia, desde tempos imemoriais.
Esperamos que elas possam servir de inspiração e exemmplo para nós todos, mulheres e homens, para vivermos com mais paz, sem violência, ódio ou discriminação.   
1 – Ficcção Francesa / Romance
Com mais de 500 mil exemplares vendidos na França, Charlotte (Bertrand Brasil)  novo romance do escrito francês David Foenkinos, retrata a vida de uma das maiores pintoras do século XX,  Charlotte Salomon, assassinada aos 26 anos pelos nazistas, no campo de concentração de Auschwitz, grávida de cinco meses. Charlotte Salomon (1917-1943) nasceu em Berlim, numa família judaica abastada, mas com graves dificuldades emocionais. Seu nome, Charlotte, foi herdado de uma tia, suicida, e sua mãe tirou a própria vida, quando ela tinha apenas nove anos (a avó materna também se matou),  deixando a menina sob os cuidados do pai, um importante cirurgião e veterano de guerra, judeu, cujo declínio coincidiu com a ascensão de Hitler ao poder, em 1933. Com a chegada do nazismo, Charlotte deixou de ir á escola, mas conseguiu vaga na cota para judeus na faculdade, onde estudou pintura por dois anos. Com o ntissemitismo tornando-se, a cada dia, mais forte, na Alemanha ela foi obrigada a largar os estudos, e foi, com a família, para a  França, onde produziu sua obra Vida? Ou Teatro?, entre 1941 e 1943,  que consiste em  769 pinturas, todas autobiográficas.
Charlotte, que rendeu a seu autor, David Foenkinos os prêmios Renudot e Goncourt de Lycéens, é uma magnifica iografia romanceada, um tributo original, apaixonado e vivo a Charlotte Salomon, uma grande artista, uma mulher de coragem, que enfrentou os maiores e piores sofrimentos, e nos deixou uma belíssima obra. Uma grande artista, uma mulher símbolo de tudo que de bom e produtivo que nosso sexo pode produzir mesmo em meio a sombra da morte, do desespero e   do absurdo do Holocausto, um atentado não somente contra o povo judeu, mas contra toda a humanidade. Charlotte, um exemplo feminino para sempre, brilhantemente retratada.


2 – Ficção Holandesa / Romance
Maeve Binchy que acaba de lançar no Brasil o delicioso romance Uma Semana de Inverno (Bertrand Brasil) –  lançado depois de sua morte – nos apresenta a Chicky, protagonista da história, que  depois de passar 20 anos trabalhando nos Estados Unidos, economizou o suficiente para voltar a cidade natal, Stoneybridge, e montar seu próprio hotel na cidade onde nasceu, A Casa de Pedra, onde simpáticos e muito humanos hóspedes vão se encontrar, e nos contar  histórias adoráveis,  aquecidos por uma boa lareira, alimentados com divina comida caseira, e interagir como parte da verdadeira família humana. Maeve é fascinante, adorável verdadeira e bondosa e, seu romance, uma injeção de ânimo no leitor. Uma grande diversão, um encontro com pessoas simpáticas, cheias de vontade de fazer alguma diferença para o próximo, igual a sua criadora, Maeve Binchy

Nascimento de Philip Roth

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Philip Milton Roth (Newark, Nova Jersey, 19 de março de 1933) é um romancista norte-americano de origem judaica, considerado um dos maiores escritores norte-americanos da segunda metade do século XX. É conhecido sobretudo pelos romances, embora também tenha escrito contos e ensaios.
Entre as suas obras mais conhecidas encontra-se a colecção de contos «Goodbye, Columbus», de 1959, a novela «O complexo de Portnoy» (1969), e a sua trilogia americana, publicada na década de 1990, composta pelas novelas «Pastoral Americana» (1997), «Casei com um comunista» (1998) e Complô contra a América (título no Brasil) ou A Conspiração contra a América (título em Portugal)(2004).
Muitas das suas obras reflectem os problemas de assimilação e identidade dos judeus dos Estados Unidos, o que o vincula a outros autores estado-unidenses como Saul Bellow, laureado com o Nobel de Literatura de 1976, ou Bernard Malamud, que também tratam nas suas obras a experiência dos judeus norte-americanos.
Grande parte da obra de Roth explora a natureza do desejo sexual e a autocompreensão. A marca registrada da sua ficção é o monólogo íntimo, dito com um humor amotinado e a energia histérica por vezes associada com as figuras do herói e narrador de «O complexo de Portnoy», a obra que o tornou conhecido.
Recebeu o Prémio Pulitzer de Ficção por Pastoral Americana em 1998. É conhecido sobretudo por seu alter-ego, Nathan Zuckerman protagonista de diversos de seus livros. É o único autor americano a ter suas obras completas publicadas em vida pela Library of America, que tem como missão editorial preservar as obras consideradas como parte da herança cultural americana.
Foi galardoado com o prestigioso Prémio Internacional Man Booker em 2011.
Em 2012, Roth foi o vencedor do Prêmio Príncipe das Astúrias de Literatura. Em outubro do mesmo ano, em entrevista à revista francesa Les Inrockutibles, anuncia que abandona a carreira de escritor, sendo Nêmesis o seu ultimo trabalho.
Está se dedicando na produção da sua biografia, que está sendo escrita por Blake Bailey.

https://www.google.com.br/search?q=Nascimento+de+Philip+Roth&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjC8dGzgd7SAhWBDZAKHR_8CCMQ_AUIBigB&biw=1280&bih=649#imgrc=RKi9eoc1AKl_TM:

sábado, 18 de março de 2017

Nascimento de John Updike




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John Hoyer Updike (Shillington, Massachusetts, Estados Unidos, 18 de março de 1932 — Beverly, Massachusetts, Estados Unidos, 27 de janeiro de 2009) foi um escritor, novelista e crítico literário estadunidense.
Formou-se na Universidade de Harvard em 1954 e passou um ano na Inglaterra, no Knox Fellowsship, na Ruskin School of Drawing and Fine Art, em Oxford. De 1955 a 1957, trabalhou na The New Yorker, contribuindo com contos, poemas e críticas de livros.
Tornou-se famoso e reconhecido mundialmente com sua séria de novelas Rabbit, iniciada em 1960, que seguem a vida do jogador de basquetebol Harry 'Rabbit' Angstrom, escritas num período de mais de trinta anos[1] e pelas quais ganhou por duas vezes o Prêmio Pullitzer.
Também de sua autoria, As Bruxas de Eastwick, escrito em 1984, tornou-se um best-seller e grande sucesso no cinema, no filme homônimo estrelado por Jack Nicholson e Cher.
Em sua obra constam doze livros de ficção, cinco volumes de poesia e uma peça de teatro.
Considerado um dos grandes novelistas contemporâneos norte-americanos, faleceu em 27 de janeiro de 2009, vítima de câncer do pulmão, em Beverly, no estado de Massachussets, onde residia.

https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Updike

quinta-feira, 16 de março de 2017

107 anos de Lota de Macedo Soares



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Maria Carlota Costallat de Macedo Soares (Paris, 16 de março de 1910 - Nova York, 25 de setembro de 1967) foi uma arquiteta-paisagista e urbanista autodidata brasileira. A convite de Carlos Lacerda, foi uma das responsáveis pelo projeto do Parque do Flamengo, localizado na cidade do Rio de Janeiro, o maior aterro urbano do mundo.

Maria Carlota, chamada por todos de Lota, nasceu em Paris, filha de José Eduardo de Macedo Soares, então Primeiro-Tenente da Marinha baseado na Europa, e de Adélia de Carvalho Costallat. O casal teve mais uma filha em Paris, Maria Elvira, conhecida por Marieta. José Eduardo deixou a Marinha em 1912 e voltou ao Brasil com a família. No Rio de Janeiro, fundou o jornal O Imparcial, precursor do Diário Carioca.
No princípio da década de 1940, Lota residiu em Nova York, onde fez cursos no Museu de Arte Moderna.
Sem ter frequentado universidade, foi reconhecida como arquiteta autodidata e paisagista emérita, e foi convidada por Carlos Lacerda, que acabara de assumir o governo do recém-criado estado da Guanabara (1960-1965), para trabalhar no governo do estado. Propôs a modificação do projeto de duplicação das pistas ao longo da Praia do Flamengo de maneira a fazer um aterro muito maior, no que veio a se tornar o Parque do Flamengo.[4] Quando, nas eleições seguintes, o candidato de Carlos Lacerda perdeu o pleito, e tendo ainda criado a Fundação Parque do Flamengo e eleita sua presidente, a pressão dos sucessores de Lacerda levou Lota a deixar o projeto antes de sua finalização. De todo modo, conseguiu tombar o Parque do Flamengo, evitando que se fizesse um loteamento no aterro do Flamengo.
Morte

Todas essas questões políticas em que esteve envolvida, mais o afastamento de sua companheira Elizabeth Bishop, que a essa altura já estava em Nova York, levaram-na à depressão. Elizabeth Bishop era uma das poetisas mais famosas da época. Lota e Elisabeth viveram juntas de 1951 a 1965. Em 1967, quando já separadas, Lota resolveu viajar a Nova York a fim de encontrar Bishop. No mesmo dia em que chegou, Bishop encontrou-a caída na cozinha, com um vidro de antidepressivos nas mãos. Lota entrou em coma, morrendo poucos dias depois.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lota_de_Macedo_Soares

terça-feira, 14 de março de 2017

Nascimento de Castro Alves



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Durante um temporal


VAI FUNDA a tempestade no infinito,
Ruge o ciclone túmido e feroz...
Uiva a jaula dos tigres da procela
— Eu sonho tua voz —


Cruzam as nuvens refulgentes, negras,
Na mão do vento em desgrenhados elos...
Eu vejo sobre a seda do corpete
Teus lúbricos cabelos ...


Do relâmpago a luz rasga até o fundo
Os abismos intérminos do ar...
Eu sondo o firmamento de tua alma,
À luz de teu olhar ...


Sobre o peito das vagas arquejantes
Borrifa a espuma em ósculos o espaço...
Eu — penso ver arfando, alvinitentes,
As rendas no regaço.


A terra treme... As folhas descaídas
Rangem ao choque rijo do granizo
Como acalenta um coração aflito,
Como é bom teu sorriso,....


Que importa o vendaval, a noite, os euros,
Os trovões predizendo o cataclismo...
Se em ti pensando some-se o universo
E em ti somente eu cismo...


Tu és a minha vida ... o ar que aspiro ...
Não há tormentas quando estás em calma.
Para mim só há raios em teus olhos,
Procelas em tua alma!

quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia Internacional da mulher



"A pessoa mais qualificada para liderar não é a pessoa fisicamente mais forte. É a mais inteligente, a mais culta, a mais criativa, a mais inovadora. E não existem hormônios para esses atributos."
Chimamanda Ngozi Adichie


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Feliz Dia Internacional da Mulher!

segunda-feira, 6 de março de 2017

Nascimento de Will Eisner


William Erwin Eisner (Brooklyn, Nova York, 6 de março de 1917 — Lauderdale Lakes, Flórida, 3 de janeiro de 2005), foi um famoso e renomado quadrinista americano, que durante seus mais de 70 anos de carreira, atuou em diversas áreas que incluem como desenhista, roteirista, arte-finalista, editor, cartunista, empresário e publicitário.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Will_Eisner


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Personagem Spirit de Will Eisner

The Spirit é um fictício herói de histórias em quadrinhos estadunidenses criado pelo cartunista Will Eisner e publicado pela primeira vez em 2 de junho de 1940 no suplemento dominical de 16 páginas conhecido informalmente como "The Spirit Section",distribuído para 20 jornais pelo Register and Tribune Syndicate com uma tiragem combinada que alcançava 5 milhões de exemplares a cada publicação e que continuou até 5 de outubro de 1952. Eisner trabalhou como editor, mas também escreveu e desenhou a maioria das histórias. Outros artistas que colaboraram sem créditos com o trabalho foram Jules Feiffer, Jack Cole e Wally Wood, que respeitaram a visão singular do autor para com o personagem. Entre as décadas de 1960 e 1980, o herói foi publicado pela Harvey Comics, e recebeu muitas republicações da Warren Publishing e Kitchen Sink Press. Nas décadas de 1990 e 2000, Kitchen Sink Press e DC Comics publicaram novas histórias do Spirit, de autoria de outros artistas.
The Spirit era um dos nomes de Denny Colt, um detetive policial que fora considerado morto, mas que na verdade vivia secretamente como um anônimo lutador no mundo do crime, apoiado pelo seu velho amigo e chefe da polícia de Central City, Comissário Nolan. Sua base era no cemitério da cidade. As histórias abordavam uma larga variedade de situações: crime, romance, mistérios, horror, comédia, drama e humor negro.
As histórias de The Spirit tinham sete páginas cada. As 16 páginas da seção do jornal normalmente incluíam mais duas tiras com quatro páginas cada (inicialmente Mr. Mystic e Lady Luck[1]). A história mostrava semelhanças com Batman e Dick Tracy, com vilões coloridos e era contada em sequência rápida. Sua origem e a máscara negra lembra o popular Lone Ranger.

https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Spirit

domingo, 5 de março de 2017

Nascimento de Patativa do Assaré

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O Poeta da Roça
Sou fio das mata, cantô da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de páia de mío.

Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastêro, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.

Só canto o buliço da vida apertada,
Da lida pesada, das roça e dos eito.
E às vez, recordando a feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.

Eu canto o cabôco com suas caçada,
Nas noite assombrada que tudo apavora,
Por dentro da mata, com tanta corage
Topando as visage chamada caipora.

Eu canto o vaquêro vestido de côro,
Brigando com o torô no mato fechado,
Que pega na ponta do brabo novio,
Ganhando lugio do dono do gado.

Eu canto o mendigo de sujo farrapo,
Coberto de trapo e mochila na mão,
Que chora pedindo o socorro dos home,
E tomba de fome, sem casa e sem pão.

E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Morando no campo, sem vê a cidade,
Cantando as verdade das coisas do Norte.
                                                    
Patativa do Assaré 

Do livro: Cante lá que eu canto cá: filosofia de um trovador nordestino, apres. Francisco Salatiel de Alencar, Ed. Vozes, 1978, RJ

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Livros de Leila Míccolis em PDF



PLANO B - Em tempo de carestia, sem que haja dinheiro para comprar livros, acrescidos do frete exorbitante, e também dada a impossibilidade de adquiri-los, já que todos os meus livros encontram-se esgotados, quem quiser possuir minha obra, estou disponibilizando o pdf de um desses dois livros: Sangue Cenográfico (194 páginas) e/ou Desfamiliares (livro de 567 páginas, reunindo minha poesia até 2012), escreva-me: blocos@blocosonline.com.br e passarei valores e meus dados bancários.

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Desfamiliares



Sangue Cenográfico

Rubens da Cunha, Delírios Urbanos e solitários


          
 Fechada em casa, a vida não traz poemas, falas de passagem, gritos infantis. A vida não quer que eu silencie em torno de meu desespero. Sou um animal equivocado: as horas passam em mim embranquecendo os pêlos, esvaindo os dentes, flaciando a pele. Envelhecer sem ter escrito a salvação. Envelhecer sem ter vencido o tempo. O mundo lá fora esbate-se, comunga, caminha, e eu aqui, fechado, lendo Pessoa, mentindo-me, sou Ele quando eu quiser.
           Saio. No ônibus “as gentes” conversam, cada um com sua história, cada um carregando seus pequenos impropérios. Meus ouvidos recebem recortes de vozes. Mosaico de abstrações. Tento neste vozerio captar o poema que me salvará, que me permanecerá no tempo. Sei que o poema é feito de palavra e delírio, na mesma proporção, alquimia rara. Sei que dentro do ônibus, saindo das bocas, vindo até meus ouvidos os poemas voam. Mas não capto seu vôo, não consigo ordenar nada. Tenho pensado demais em mim. O egoísmo é um contumaz assassino da poesia.
           Caminhando, amparado em solidão, vislumbro os mesmos pedintes, são como as esquinas da cidade: fixos e surpreendentes. Apesar da aparência costumeira jamais sabe-se o que está do outro lado. A mulher vende rosas. Um qualquer finge-se estátua e me assusta. Um outro anda com mãos e pés tortos. A cidade não acaricia seus filhos errados. Eu não sou um deles. Não tenho coragem suficiente. Olho, desolho, reolho, o poema em cada absurdo que provocam nos transeuntes: “um trocado pelo amor de Deus”. A poesia está em cada uma destas palavras, não tanto em Deus que anda meio envergonhado de seus criados. Tento e não consigo arrancar um texto da cidade. Os miseráveis, os anônimos, os falhos, sou cada um deles e nada me acontece. A inspiração me desdenha. Não tenho revolta. Resta-me o suor na testa. O suor no texto.


           Chego em casa. Desacostumado. Inquieto. A vida ferve na chaleira. Café. Pão. Falta a fome. Invento. Os dedos contritos. Não podiam tremer nem segredar vazios. Fizeram. O branco agiganta-se, corrompe as paredes da alma. O poema desenha-se criança e elefante, céu e cardume, voz e pesadelo, amor e atleta. O poema se fluxa pelo inconsciente. Deságua e acontece. Durmo entre a salvação e o esquecimento. O poema insone pasta meus poros enquanto morro mais um pouco.

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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Nascimento de Ledo Ivo


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Lêdo Ivo,(Maceió, 18 de fevereiro de 1924 — Sevilha, 23 de dezembro de 2012) foi um jornalista, poeta, romancista, contista, cronista e ensaísta brasileiro.
Seu primeiro livro foi As Imaginações. Fez jornalismo e tradução. Da sua vasta obra, destacam-se títulos como Ninho de Cobras, A Noite Misteriosa, As Alianças, Ode ao Crepúsculo, A Ética da Aventura ou Confissões de um Poeta.
Era membro da Academia Brasileira de Letras, eleito em 13 de novembro de 1986 para a ca Discurso de posse:
Lêdo Ivo foi eleito em 13 de novembro de 1986, na sucessão de Orígenes Lessa e recebido em 7 de abril de 1987 pelo acadêmico Dom Marcos Barbosa. Eis o 1º parágrafo de seu discurso de posse, já como membro da Academia Brasileira de Letras:
"Numa tarde de outono, um homem caminha pelas ruas de Londres. O frio e o vento o obrigam a encolher-se no seu sobretudo. Sozinho e desconhecido na metrópole que Verlaine comparou à Babilônia, esse homem é um exilado, expulso de sua pátria por um caudilho taciturno. E enquanto ele marcha entre as folhas que caem, em seu espírito flui a interminável reflexão sobre o seu país que, no outro lado do oceano, vive as turbulências do dissídio e do desencontro.
Esta é a imagem que me ocorre de Rui Barbosa, o fundador da Cadeira nº 10: a do exilado." Cadeira 10, sucedendo a Orígenes Lessa.

https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%AAdo_Ivo



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Sombras





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Histórias gravadas na gigantesca sombra
de um relógio.
Histórias contadas pelo vento retumbam
nos ouvidos.
O cheiro de jasmins
desperta um enigmático trapézio de recordações
-– recordações cravejadas com pedras de rubi.

A saudade, indômita,
bate à porta.
                                             Isabel Furini

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

LIVROS EM BLOCOS, POR MARLI BERG



 
(Coluna trimensal, atualização dias 7, 17 e 27 de cada mês)

LIVROS LEVES PARA COMBATER O CALOR PESADO
Um verão escaldante, como o que estamos enfrentando (principalmente no Rio de Janeiro) pede coisas leves, para conseguirmos enfrentar as altas temperaturas. Daí, nossa idéia, de sugerir, nesta edição, livros leves, agradáveis, que entretém e mantém (ao menos tentam) o calor afastado. Confira nossas sugestões de leitura, que, certamente, levarão sua atenção para algo mais produtivo e refrescante que o verão.

1 – Crônica Americana 
Piloto da Força Aérea Americana.Richard Bach resolveu dedicar-se à literatura, após dar baixa. Seu primeiro grande sucesso foi Fernando Capelo Gaivota, publicado em 1970que o tornou mundialmente conhecido. Autor de mais de 15 obras, Bach alcançou, no Brasil,  a marca de um milhão de exemplares vendidos. O Fim das Ilusões (Record) que acaba de ser lançado, dá continuidade a saga de um piloto, apaixonado pelo seu hidroavião, contada em Ilusões. Neste livro, Bach coloca em xeque a visão consensual de mundo, sugerindo que a realidade pode ser uma ilusão, adaptada para permitir uma vida mais leve e divertida.


Baseado na experiência do próprio autor, que ficou entre a vida e a morte após sofrer um grave acidente aéreo, O fim das ilusões nos mostra o piloto dialogando com os seus personagens mais famosos, durante o estado de coma, proporcionando uma reflexão sobre o mundo e as escolhas. Um livro leve e adorável, como tudo que Bach escreve, priorizando, sempre, o amor, entre todas as experiências humanas, e colocando-o no topo da realização. Uma leitura informativa, e que gera pensamentos positivos.

2 – Romance Inglês
Protagonista da série de livros mais famosa da escritora inglesa Sophie Kinsella, Becky Bloom está de volta, em mais uma divertida aventura. Em Becky Bloom Ao Resgate (Record) ela reúne uma turma bem diversa, para ajudá-la a encontrar o pai, que sumiu, deixando apenas um bilhete. A  história dá seguimento a “Becky Bloom em Hollywood”, e é deliciosamente divertido, com nossa heroína aprontando todas, e fazendo seus fãs rirem muito. Neste livro, o segredo para encontrar Graham parece estar no passado, numa viagem que ele fez ao lado de um  velho amigo e, assim, a turma aluga um trailer e embarca numa road trip, rumo a Las Vegas.


Claro que a viagem é uma confusão, altamente divertida, com mil peripécias criadas por Kinsella para destilar seu humor, e suas perspicazes e divertidas observações sobre o comportamento humano. Um romance leve e engraçado, que diverte muito e, certamente, distrairá sua mente do calor escaldante.

3 – Romance Americano
Considerada a  grande dama do romance americano, Danielle Steel é amada por seus leitores em 60 países, onde seus livros já venderam mais de 650 milhões de exemplares. Seus romances são leves, emocionantes e trazem, sempre, um toque de curiosidade sobre o que vai acontecer  com os personagens. Um Homem Irresistível (Record) nos apresenta Maxine, uma psiquiatra respeitável, uma das maiores especialistas mundiais em traumas infantis, mãe dedicada de três filhos ,que está prestes a se casar com um médico sério e respeitável.  Está tudo certo em sua vida, até que... seu ex-marido, Blake, reaparece, lindo, charmoso, sedutor e milionário. E ele tem um pedido a fazer.


Qual será a repota de Macine? Seu coração vai, certamente, "balançar" entre dois polos opostos, mas só no final conheceremos sua escolha. Um delicioso entretenimento, este romance de Steel está fazendo um enorme sucesso, e ganhando novos fãs para a autora. Muito divertimento para distrair do sol quente.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017


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Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei; Pisa, 15 de fevereiro de 1564 — Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano.
Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu boa parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vênus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a isto Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Aniversário de criação do Youtube

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YouTube é um site que permite que os seus usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. Foi fundado em fevereiro de 2005 por três pioneiros do PayPal, um famoso site da internet ligado a gerenciamento de transferência de fundos.
O YouTube utiliza os formatos Adobe Flash e HTML5 para disponibilizar o conteúdo. É o mais popular site do tipo (com mais de 50% do mercado em 2006, devido à possibilidade de hospedar quaisquer vídeos (exceto materiais protegidos por copyright, apesar deste material ser encontrado em abundância no sistema). Hospeda uma grande variedade de filmes, videoclipes e materiais caseiros. O material encontrado no YouTube pode ser disponibilizado em blogs e sites pessoais através de mecanismos (APIs) desenvolvidos pelo site.
Possivelmente interessado em expandir o mercado de publicidade de vídeos através de seu AdSense e também em se consolidar como um dos maiores serviços de Internet do mundo, foi anunciada em 9 de Outubro de 2006 a compra do YouTube pelo Google, pela quantia de 1,65 bilhão de dólares em ações. O resultado desta aquisição fez com que o Google encerrasse as atividades do Google Video.
A revista norte-americana Time (edição de 13 de novembro de 2006) elegeu o YouTube a melhor invenção do ano por, entre outros motivos, "criar uma nova forma para milhões de pessoas se entreterem, se educarem e se chocarem de uma maneira como nunca foi vista"

Em 2010, no aniversário de cinco anos do YouTube, foi divulgado que até então o site não havia sido lucrativo para os seus proprietários.

https://pt.wikipedia.org/wiki/YouTube

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Aniversário de morte de Zé da Luz

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Zé da Luz, Severino de Andrade Silva (Itabaiana, 1904 — Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 1965), mais conhecido como Zé da Luz, foi um alfaiate de profissão e poeta popular brasileiro.
Publicava suas obras em forma de literatura de cordel.

Principais obras

Brasi Caboco
A Cacimba
As Flô de Puxinanã
A Terra Caiu no Chão

Ai! Se Sêsse!..

https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_da_Luz


...........................................................

Rolando Boldrin, declamando As flô de Puxinanã, de Zé da Luz


AS FLÔ DE PUXINANÃ

Acariciando os dias que vou trilhando, a procura sempre  do bem maior  que é  a sobrevivência,  mesmo que  cercada de outros  desejos os quais engrandecem a alma  e a sede de viver.
Assim, nesse contexto, caminha a humanidade, sonhando, buscando a coerência do sentido VIVER, onde  paira a dúvida  de ter dúvida das certezas que muitos  acreditam incertas.

ASSIM, traduz  a incerteza da certeza do autor dos versos cantados abaixo, quando se apaixonou em uma de suas caminhadas pelos recantos  do mundo, sempre em busca do amor platônico e voraz.
As flô de Puxinanã  - Zé da Luz, poeta que veio ao mundo como Severino de Andrade Silva e recebeu a alcunha de Zé da Luz, das terras nordestinas, nasceu em 29 de março de 1904 em Itabaiana, região agreste da Paraíba e faleceu no Rio de Janeiro em 12 de fevereiro de 1965.. Nome de guerra e poesia, nome dado pela terra aos que nascem Josés e, também, aos Severinos, que se não for Biu é seu Zé

As flô de Puxinanã  (Paródia de As “Flô de Gerematáia” de Napoleão Menezes)

Três muié ou três irmã,
três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.

A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa flô do sertão
que o povo chamava Ogusta.

A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué critão
os oiá déssa minina.

Os ói dela paricia
duas istrêla tremendo,
se apagando e se acendendo
em noite de ventania.

A tercêra, era Maroca.
Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peito
dois cuscús de mandioca.

Dois cuscús, qui, prú capricho,
quando ela passou pru eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.

Eu inté, me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui ei vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.

Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!
Risonaldo Costa
Enviado por Risonaldo Costa em 08/08/2010
Código do texto: T2426053
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/2426053

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Aniversário de morte de Sylvia Plath


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Sylvia Plath (Jamaica Plain, Massachusetts, 27 de outubro de 1932 — Primrose Hill, Londres, 11 de fevereiro de 1963) foi uma poetisa, romancista e contista norte-americana.

Reconhecida principalmente por sua obra poética, Sylvia Plath escreveu também um romance semi-autobiográfico, A Redoma de Vidro (título no Brasil) ou A Campânula de Vidro (título em Portugal) ("The Bell Jar"), sob o pseudônimo Victoria Lucas, com detalhamentos do histórico de sua luta contra a depressão. Assim como Anne Sexton, Sylvia Plath é creditada por dar continuidade ao gênero de poesia confessional, iniciado por Robert Lowell e W.D. Snodgrass.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sylvia_Plath

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Aniversário de Nascimento de Bertholt Brecht

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Eugen Bertholt Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de fevereiro de 1898 — Berlim Leste, 15 de agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955.
Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. Sua praxis é uma síntese dos experimentos teatrais de Erwin Piscator e Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental da Rússia soviética, entre os anos 1917-1926. Seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.

Recebeu o Prêmio Lenin da Paz em 1954.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bertolt_Brecht

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Aniversário de nascimento de Carmen Miranda


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Maria do Carmo Miranda da Cunha, (Várzea da Ovelha e Aliviada, Marco de Canaveses, Portugal, 9 de fevereiro de 1909 — Beverly Hills, Condado de Los Angeles, 5 de agosto de 1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou em rádio, teatro de revista, cinema e televisão. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15ª maior voz da música brasileira. Um ícone e símbolo internacional do país no exterior.
O primeiro grande sucesso veio com a marcha-canção Ta-hí (Pra Você Gostar De Mim), de Joubert de Carvalho lançada em 1930 e que foi recorde de vendas, ultrapassando a marca de 36 mil cópias, a música alcançou uma popularidade tão grande que, em menos de seis meses, Carmen Miranda já era a cantora mais famosa do Brasil. No ano seguinte, ela fez a sua primeira turnê internacional, já como uma artista de renome, quando foi para a Argentina com os cantores Francisco Alves, Mário Reis e com o bandolinista Luperce Miranda. Ela voltou à Argentina mais oito vezes, entre os anos de 1933 e 1938. Carmen Miranda tornou-se a primeira artista de rádio a assinar contrato com uma emissora, quando na época todos recebiam somente cachês. E seu sucesso na indústria fonográfica lhe garantiu um lugar nos primeiros filmes sonoros lançados na década de 1930.
Foi em 1939, no filme Banana da Terra, que Carmen Miranda apareceu pela primeira vez caracterizada de baiana, personagem que a lançou internacionalmente. O musical apresentava clássicos como O que é que a baiana tem?, que lançou Dorival Caymmi no cinema. Quando estava em temporada no Cassino da Urca, Carmen foi contratada pelo o magnata do show business Lee Shubert, para ser uma das atrações do seu novo espetáculo, The Streets of Paris, que estrearia na Broadway. Este foi o episódio que transformou a vida de quem mais tarde viria a ser conhecida como "The Brazilian Bombshell".
Em 1940, ela fez sua estreia no cinema americano no filme Serenata Tropical, com Don Ameche e Betty Grable, a crítica aclamava suas roupas exóticas e seu sotaque latino, que se tornou marca registrada. Nesse período Carmen Miranda foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto do seu grupo, o Bando da Lua, para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca. Carmem Miranda chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. A sua fortuna foi estimada como algo equivalente a cerca de $2 milhões de dólares pelo Los Angeles Times.
Fez um total de catorze filmes nos EUA entre 1940 e 1953, nove deles somente na 20th Century Fox. Embora aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico de suas apresentações. Carmen tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que os produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. Numa época em que Hollywood estava interessada em vender musicais de "boa vizinhança" para evitar que as nações da América Latina se alinhassem com o Eixo, Carmen Miranda tornou-se a personificação de um exotismo latino-americano genérico que foi abraçado como singular e peculiar pelo público dos EUA e rejeitado como inautêntico e paternalista por brasileiros. De fato, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, suas apresentações fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina.
Carmen Miranda foi a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela também se tornou a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama. A sua figura, para muito além da música, seria uma influência permanente na cultura brasileira, da Tropicália ao cinema.

Em 20 anos de carreira deixou sua voz registrada em 279 gravações somente no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 canções. Um museu foi construído mais tarde no Rio de Janeiro, em sua homenagem. Em 1995, ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda: Bananas is my Business, dirigido por Helena Solberg, uma interseção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em Hollywood foi oficialmente nomeada Carmen Miranda Square, em setembro de 1998. Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carmen_Miranda
Site oficial da cantora: http://www.carmenmiranda.com.br/

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Nascimento de Júlio Verne

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Jules Gabriel Verne, conhecido nos países de língua portuguesa por Júlio Verne (Nantes, 8 de fevereiro de 1828 — Amiens, 24 de março de 1905), foi um escritor francês.
Júlio Verne foi o primogênito dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado, e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de uma família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o inventor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.
Até hoje Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Aniversário de nascimento de Charles Dickens


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Charles John Huffam Dickens (Landport, Portsmouth, 7 de fevereiro de 1812 — Gravesham, Kent, 9 de junho de 1870) foi o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana. No início de sua atividade literária também adotou o apelido Boz. A fama dos seus romances e contos, tanto durante a sua vida como depois, até aos dias de hoje, só aumentou. Apesar de os seus romances não serem considerados, pelos parâmetros atuais, muito realistas, Dickens contribuiu em grande parte para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa.

Entre os seus maiores clássicos estão David Copperfield e Oliver Twist.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Dickens

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Falecimento de Cândido Portinari (1962, RJ)

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ESTAREI CAMINHANDO OU PARADO?

Estarei caminhando ou parado?
Passam sob meus pés as águas
Salgadas e geladas. Ferem-nos os espinhos duros
E as areias ásperas.
Por que não caminho? Úmido e
Escalavrado – gosto de terra dentro de mim.
Apagado e destruído.
Minhas esperanças voltaram apodrecidas
O sol escondeu.

                                            Cândido Portinari
Paris, outubro de 1961
Fonte: http://lionsbrodowski.vilabol.uol.com.br/estarei.html


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Homenagem a Zygmunt Bauman




Uma visita a Zygmunt Bauman
Em Julho de 2011, uma equipe do Café Filosófico (TV Cultura) foi recebida pelo professor Zygmunt Bauman, em sua casa, na cidade de Leeds, Inglaterra. Previsto para durar aproximadamente sessenta minutos, o encontro se alongou por cerca de três horas. Bauman revelou-se uma pessoa de extrema simpatia e cordialidade com a equipe que virtualmente “invadiu” sua casa naquela tarde de verão inglês com câmeras de cinema, gravadores de som e equipamentos profissionais de iluminação.
Bauman os recebeu em um ambiente familiar despojado, marcado por imagens de sua esposa Janina Bauman, de seus filhos e netos e de muitos livros em variados idiomas. Foi uma longa conversa que tratou de expectativas para o século XXI, internet, a necessidade de construção de políticas globais, a construção de uma nova definição de democracia, e finalmente, a necessidade da constante elaboração e reelaboração de nossas identidades sociais em uma era de modernidade líquida...Eis um trecho em destaque:

Os 500 amigos do Facebook
Um viciado do Facebook gabou-se para mim de que havia feito 500 amigos em um dia. Minha resposta foi que eu vivi por 86 anos, mas não tenho 500 amigos. Eu não consegui isso. Então, provavelmente, quando ele diz "amigo", e eu digo "amigo", não queremos dizer a mesma coisa. São coisas diferentes.
Quando eu era jovem, um nunca tive o conceito de "redes". Eu tinha o conceito de laços humanos, de comunidades, esse tipo de coisa, mas não redes. Qual é a diferença entre comunidade e rede? A comunidade precede você. Você nasce numa comunidade. Por outro lado, temos a rede. O que é uma rede? Ao contrário da comunidade, a rede é feita e mantida viva por duas atividades diferentes. Uma é conectar e a outra é desconectar.
E eu acho que a atratividade do novo tipo de amizade, o tipo de amizade do Facebook, como eu a chamo, está exatamente aí. Que é tão fácil de desconectar. É fácil conectar, fazer amigos. Mas o maior atrativo é a facilidade de se desconectar. Imagine que o que você tem não são amigos online, conexões online, compartilhamento online, mas conexões off-line, conexões de verdade, face a face, corpo a corpo, olho no olho.
Então, romper relações é sempre um evento muito traumático. Você tem que encontrar desculpas, você tem que explicar, você tem que mentir com frequência e, mesmo assim, você não se sente seguro porque seu parceiro diz que você não tem direitos, que você é um porco, etc. É difícil, mas na internet é tão fácil, você só pressiona delete e pronto.
Em vez de 500 amigos, você terá 499, mas isso será apenas temporário, porque amanhã você terá outros 500... E isso mina os laços humanos.
Os laços humanos são uma mistura de benção e maldição
Os laços humanos são uma mistura de benção e maldição. Benção, porque é realmente muito prazeroso, muito satisfatório, ter outro parceiro em quem confiar e fazer algo por ele ou ela. É um tipo de experiência indisponível para a amizade no Facebook; então, é uma benção. E eu acho que muitos jovens não têm nem mesmo consciência do que eles realmente perderam, porque eles nunca vivenciaram esse tipo de situação.
Por outro lado, há a maldição, pois quando você entra no laço, você espera ficar lá para sempre. Você jura, você faz um juramento: até que a morte nos separe, para sempre. O que isso significa? Significa que você empenha o seu futuro. Talvez amanhã, ou no mês que vem, haja novas oportunidades. Agora, você não consegue prevê-las. E você não será capaz de pegar essas oportunidades, porque você ficará preso aos seus antigos compromissos, às suas antigas obrigações.
Então, é uma situação muito ambivalente. E, consequentemente, um fenômeno curioso dessa pessoa solitária numa multidão de solitários. Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo.
Zygmunt Bauman
Texto transcrito no blog: Textos para reflexão", post datado de 26/11/2012