segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Rizolete e Flamarion: poesia e prosa em Blocos

Ensaio de vida

A vida
orquestra a ensaiar
cotidianamente
ora repertório de adágios
andaimes largos
andamentos de emoção
e harmonia pura

Ora desconcertante sinfonia
maestria ausente
em andantinos e prestos
melodia improvisada
sem cadência
e partitura

Porque a vida, a vida, a vida
esta grande orquestra
em permanente ensaio
há que ser regida equilibrando
na extremidade dos dedos
a vertigem do presto
e n"alma um suave adágio

          Rizolete Fernandes

Do livro: "Canções de abril", UNA. 2010, João Pessoa/PB

 

A arma de cada um

– Eu andava solteiro, aí conheci a Diva, mulher bonita, loura, os homens endoideciam ao vê-la passar pelas ruas de Cruz das Almas. Mas Diva era uma dessas mulheres, como se diz, perdidas. Ganhava a vida assim, indo com um e com outro. Contudo, não se gastava, conservava o charme, a altivez, a postura. Sabe aquela atriz do cinema americano, a Marilyn Monroe? A Diva parecia-se com ela. Mulher bonita!
– Quem? A Marilyn?
– Também, também, mas a Diva... ah, bonita igual a ela, nunca vi.
– E o que aconteceu com a Diva?
– Tirei-a da rua. Levei-a para morar comigo.
– Casou-se com uma mulher da vida?!
– Casei-me. Ficamos juntos um ano e seis meses. Pensei que a Diva endireitava, mas... sei lá... talvez o destino de certas mulheres seja levar essa vida mesmo. A Diva me traiu com o Nestor. Peguei-os na minha cama. Dupla infeliz.
– E você, o que fez? Matou-os?
– Nada! Ia lá me sujar com dois perdidos!
– E então?
– “Vistam-se,” disse-lhes, firme. “Vamos, rapaz, não tenha medo. Não vou te matar.” O cabra ficou assustado, tremia igual vara verde. “Venha tomar café, você deve...”
– Convidou-o para tomar café?!
– Foi o que eu disse.
– “Venha tomar café. Você deve estar muito cansado, precisa alimentar-se. Venha, vamos à mesa. Você também, Diva.”
– Foram à mesa comigo. Botei-os na minha frente. Não se pode confiar, gente que trai é um perigo. Botei-os na minha frente. Apontava o revólver para os dois.
– Revólver?! Você tinha um revólver? Por quê não os matou?
– Ah, menino, você ainda é muito novo, não sabe onde reside a sabedoria do homem.
– Eu não sabia que existia a sabedoria do... do...
– Vai, diz. Acostume-se logo com essa palavra. Todo homem tem de estar preparado.
– Eu, hein. Bem, o que fez com os dois?
– Nada.
– Nada?! Você não fez nada?
– Não. Tomaram café. Disse a ele, apenas: “Olhe, rapaz, a Diva vai com você, ela vai ser a sua mulher, e ai de você se fizer algum mal a ela.” Falei isso só para meter medo nele, a Diva era uma pobre coitada. “Levantem-se” disse-lhes. “Tome”, e passei meu revólver a ele.
– Endoideceu!
– Nada. Eu sabia o que fazia. Disse-lhe: “Tome, leve este revólver, você pode precisar. Tem dinheiro para o transporte? Não? Então tome aqui dez contos.” E se foram.
– E aí?
– Aí eu continuei levando minha vida. Até que, um dia, quando eu passava em frente à cadeia de Santo Antônio, alguém chama meu nome.
– “Seu Manuel Jorge, seu Manuel Jorge, lembra-se de mim? O senhor tem um cigarro para me dar?”
– Era o Nestor. Espiava a rua através de uma grade de ferro, retangular e minúscula. Lá estava Nestor, preso. Tirei um maço de Hollywood do bolso, aproximei-me da grade e passei-lhe o cigarro.
Perguntei:
– “O que lhe aconteceu, Nestor?”
– “A Diva, seu Manuel, a infeliz fez comigo o que fez com o senhor.
Peguei-a na cama com outro; matei os dois com aquele revólver que o senhor me deu. Estou vingado. Estamos vingados.”
– “É, Nestor, estamos vingados”, disse-lhe. E saí andando, livremente.

Flamarion Silva

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um país a ser descoberto – Marcelino Rodriguez

Tempos atrás eu tinha uma amigo pernanbucano bastante viajado.  Engenheiro, vivera na França, inclusive. Ele costumava parar e ficar filosofando ao ver os populares que fazem performace e pregam o apocalipse  na praça do Largo da Carioca.
— "Olha ai, meu rapaz. Aqui tem de tudo:  profetas, saltibancos. O país está em plena Idade Média, a espera de ser  descoberto. Não tem ferrovias, não tem transporte marítimo. Não tem nada.  Tudo ai estar por ser feito."
E vejo que ele, do alto de sua experiência de  viajante, tinha toda razão. Se não se criar cérebros pensantes e criativos  para o futuro, não se terá nunca uma infra-estrutura desenvolvida. Será  sempre os banheiros fechados aos cidadãos, a porta na cara, o salve-se quem  puder, pois não haverá quem construa pontes humanas. Será sempre o custo de  vida mais alto possível, o máximo lucro junto com o máximo desconforto e  insegurança. Será sempre essa coisa melancólica e ingênua, desperdiçando  tempo, espaço, capital, talentos e vida. Sim, por falta de mentes com  ideias e de uma coletividade mais esclarecida, da arquitetura do  transporte ao esporte e da total desorganização social vemos o que dá  a "estética" da ignorância consentida.
Estava certo meu amigo. O País foi  visto, demarcado, mas não necessariamente descoberto. Um país é feito de  gente e inteligência. A gente já está ai. Falta investir em inteligência.

                                                                                                                                     Marcelino Rodriguez

sábado, 12 de fevereiro de 2011

África, mãe do capitalismo europeu

Os países europeus e americanos sempre olharam a África como aquele exótico lugar de caçadas, animais e tribos exóticos como nos filmes de Hollywood. Mas nem sempre foi assim. Os povos da África, como as tribos brasileiras, foram as maiores vitimas do “progresso” e da Modernidade desde o Século 19. Dia 16 de janeiro de 1961 morreu assassinado na África, o continente de todos, Patrice Lumumba, vitima dos paises desenvolvidos. Morreu com 35 anos de idade, assassinado, torturado e heroi. Depois vieram Kwame Nkrumah, Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Samora Machel.

Agora o ex-presidente Lula participou do Fórum Social Mundial, que realizou sua 11ª edição em Dacar, no Senegal.

A escolha da África para a primeira viagem internacional fora do poder é estratégica, pois Lula sabe o que aconteceu no continente, um dos focos de atuação do seu futuro instituto.

Ele participará de debate com o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, e será um líder informal da delegação brasileira. Num gesto de deferência, o Planalto escalou seu ex-chefe de gabinete, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), como chefe da comitiva oficial.

Também irão a Dacar as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Luiza Bairros (Igualdade Racial).

Acompanham Lula o ex-presidente do Sebrae Paulo Okamotto e o ex-ministro Luiz Dulci (Secretaria-Geral), ambos da equipe do instituto.

Gabinete de Segurança Institucional designou quatro militares para protegê-lo o que é um direito dos ex-presidentes. De volta ao país, Lula será homenageado pelo PT, que reunirá ministros e congressistas para aplaudi-lo num teatro em Brasília.

Segundo o PT, a presidente Dilma Rousseff ainda não confirmou presença. Parte dos dirigentes defende que ela não vá para não dividir os holofotes com o antecessor.

"Vai ser um marco histórico. Lula governou por oito anos, elegeu a sucessora e agora volta para fazer política no PT. Ele não vai vestir o pijama de jeito nenhum", diz Francisco Campos, membro do Diretório Nacional do PT.

Pelo roteiro, Lula agradecerá o apoio a seu governo e pedirá que a militância continue mobilizada a favor de Dilma. Ele deve defender a reforma política, causa à qual promete se dedicar após a criação do Instituto”.

“Todos os outros continentes - América, Ásia - foram espoliados para que a Europa pudesse trilhar as chamadas revoluções comercial e industrial, no processo de acumulação primitiva. Mas nenhum continente sofreu, além da dilapidação dos seus recursos naturais, da opressão das suas culturas e dos seus povos, a escravidão nas proporções de genocídio que ela assumiu na Africa”, escreveu Emir Sader.
Ainda hoje a exploração africana continua.
Antes de morrer assassinado, Lumumba escreveu:

"Não estamos sós. A África, a Ásia e os povos livres e libertados de todos os cantos do mundo estarão sempre ao lado dos milhões de congoleses que não abandonarão a luta senão no dia em que não houver mais colonizadores e seus mercenários no nosso país. Aos meus filhos, a quem talvez não verei mais, quero dizer-lhes que o futuro do Congo é belo e que o país espera deles, como eu espero de cada congolês, que cumpram o objectivo sagrado da reconstrução da nossa independência e da nossa soberania, porque sem justiça não há dignidade e sem independência não há homens livres.

Nem as brutalidades, nem as sevícias, nem as torturas me obrigaram alguma vez a pedir clemência, porque prefiro morrer de cabeça erguida, com fé inquebrantável e confiança profunda no destino do meu país, do que viver na submissão e no desprezo pelos princípios sagrados. A História dirá um dia a sua palavra; não a história que é ensinada nas Nações Unidas, em Washington, Paris ou Bruxelas, mas a que será ensinada nos países libertados do colonialismo e dos seus fantoches. A África escreverá a sua própria história e ela será, no Norte e no Sul do Sahara, uma história de glória e dignidade.

Não chores por mim, minha companheira, eu sei que o meu país, que sofre tanto, saberá defender a sua independência e a sua liberdade.

Viva o Congo! Viva a África!".

Rogel Samuel

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Moderna arte

Pintura de Tarsila do Amaral

 

1922 – Inicia-se a Semana de Arte Moderna, evento que é o marco inicial do Modernismo no Brasil,

 

Teatro

Festival de Teatro Cidade do Rio de Janeiro - 8ª edição. Inscrição até 28 de fevereiro

Literatura

Poesia

 Temática coisas/objetos: Salgado Maranhão

 Temática lua: Raimundo Correia

Prosa

 Temática "Brasis", Marcelino Rodriguez

 Coluna quinzenal de Rogel Samuel

 

Nascimentos

1847Thomas Edison, inventor norte-americano (m. 1931).

1853Salvatore Pincherle, matemático italiano (m. 1936).

1881Carlo Carrà, pintor futurista italiano (m. 1966).

1886Antônio de Almeida Lustosa, bispo brasileiro (m. 1974).

1896Raffaele Stasi, militar italiano (m. 1917).

1907Caio Prado Júnior, historiador, geógrafo, escritor, político e editor brasileiro (m. 1990).

1917Sidney Sheldon, escritor estadunidense (m. 2007).

1920Faruk, penúltimo rei do Egito (m. 1965).

1926Leslie Nielsen, ator e comediante canadense (m. 2010)

1960Victor Klemperer, professor de Filologia, testemunha do Holocausto (n. 1881).

1963Sylvia Plath, escritora estadunidense (n. 1932)

1973J. Hans D. Jensen, físico alemão (n. 1907)

1978Harry Martinson, escritor sueco (n. 1904).

1984Catulo de Paula, compositor brasileiro (n. 1923)

1986Frank Herbert, escritor estadunidense (n. 1920)

1993Robert W. Holley, bioquímico estadunidense (n. 1922)

1996Pierre Verger, etnólogo e fotógrafo francês (n. 1902)

1996Quarentinha, futebolista brasileiro (n. 1933)

2000Roger Vadim, cineasta francês (n. 1928)

2000Dina Mangabeira, poetisa brasileira (n. 1923).

2002Traudl Junge, ex-secretária pessoal de Adolf Hitler (n. 1920)

2010Alexander McQueen, estilista inglês (n. 1969).

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Acontecendo...

Dia do Atleta Profissional.

 

JOGADOR1

 

 

Nascimentos

1893Jimmy Durante, músico norte-americano (m. 1980).

1894Mãe Menininha do Gantois, a mais famosa iyalorixá (mãe-de-santo) brasileira (m. 1986).

1898Bertolt Brecht, dramaturgo, poeta e encenador alemão (m. 1956)

1901Stella Adler, atriz norte-americana (m. 1992)

 

Falecimentos

1950 – Marcel Mauss, sociólogo e antropólogo francês (n. 1872)

1958José Pancetti, pintor brasileiro (n. 1902)

1962Eduard von Steiger, Presidente da Confederação suíça em1945 (n. 1881).

1964Eugen Sänger, engenheiro aeroespacial austríaco (n. 1905)

1997Alexander R. Todd, vencedor do prêmio Nobel de química em 1957 (n. 1907).

2003José Lewgoy, ator brasileiro (n. 1920)

2005Arthur Miller, dramaturgo norte-americano (n. 1915)

2008Roy Scheider, ator norte-americano (n. 1932)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Hoje...




A CRIAÇÃO DE CAVALOS 

Fim da década de 1940, Morro do Jacu, interior de Araguari. Longe dali, a grande guerra tinha acabado, mas naqueles pastos poucas notícias chegavam. O que interessava era preparar a terra para a lavoura, tratar do gado, cuidar dos porcos, das galinhas e dos cavalos, viver cada dia na rotina do trabalho, na rotina dos pequenos afazeres que moldavam a vida daqueles agricultores do antigamente. 

Cavalos sempre foram os preferidos de Ricardo, um dos muitos filhos de Rufino e Alice, os donos daquelas terras quase que totalmente cercadas pelo rio Piraí. Eram animais que tinham tudo o que ele gostava: velocidade, força, elegância. 

E a liberdade dos pastos, dos galopes nos amanheceres, além das carreiras nas raias, a melhor diversão dos finais de semana. Ricardo cuidava dos cavalos, mas não sabia como eles nasciam. 

Certo dia, lhe contaram uma história e os dias de Ricardo passaram a existir para comprovar tal história. Um dos cavalos do pai morreu, Ricardo nem ligou se era macho ou fêmea, queria mesmo era que o cavalo apodrecesse logo, afinal precisava dos dentes do cavalo para fazer sua experiência. 

Rufino retirou o cavalo do pasto e o levou a um descampado, nos limites de sua terra. Logo os urubus começaram a sobrevoar o lugar, Ricardo os acompanhava de longe, quando eles fossem embora é porque tudo estaria pronto. Dias e dias de espera, aos poucos os urubus foram rareando, apenas uns poucos ainda pousados nas embaúbas e nas inhoçaras, até que Ricardo não viu mais nenhum. 

Finalmente pode se aproximar da ossada do cavalo morto. Os urubus e uns dias de chuva tinham acabado com quase todo o cheiro ruim. 

Ricardo aproveitou o fêmur do cavalo para passar sobre uma verruga que o acompanhava há tempos, mas nisso pouco acreditava, fez apenas porque certa vez viu um vizinho fazer, e não custava nada tentar fazer isso também. Porém, o que interessava ali eram os dentes do cavalo. Ricardo, lentamente retirou um por um como se fosse um troféu. Limpou todos nas águas ainda limpas do Piraí e os trouxe para o quintal da mãe. Entre uma horta de repolho e uns pés de cebola, plantou os dentes do cavalo, pois segundo lhe contaram, se fizesse isso, logo nasceriam potrinhos e ele não só poderia ter o seu cavalo, mas substituir ainda aquele que morreu. 

Assim, no outro dia, a primeira coisa que fez ao se levantar, foi correr para o quintal ver se seus cavalos nasceram. Repetiu o gesto por quase uma semana, até que desistiu. Convenceu-se que não tinha uma mão boa para plantar cavalos. 

Talvez quando ficasse maior conseguiria, ou os dentes plantados não fossem boa semente, talvez o cavalo fosse muito velho, ou tivesse trabalhado demais e por isso não quisesse nascer de novo. Tudo isso passou pela cabeça de Ricardo até que, aos poucos, entre uma caçada, uma pescaria, uma cavalgada e outra, ele descobriu como realmente nascem os cavalos... 
Rubens da Cunha


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  • 1895 - O voleibol é inventado porWilliam George Morgan nos Estados Unidos.
  • 1967 - Anos de chumbo no Brasil: é sancionada a nova Lei de Imprensa, impondo a censura prévia por agentes federais presentes nas redações, emissoras de rádio e televisão.
  • 1994 - Nelson Mandela (na imagem)torna-se o primeiro presidente negro da África do Sul após o apartheid.
Nasceram neste dia…
  • 1404 - Constantino XI, imperador doImpério Romano do Oriente (m.1453).
  • 1885 - Alban Berg, compositor austríaco (m. 1935).
  • 1909 - Carmen Miranda, cantora e atriz luso-brasileira (m. 1955).
Morreram neste dia…
  • 1881 - Fiódor Dostoiévski, escritor russo (n. 1821).
  • 1964 - Ary Barroso, radialista e compositor brasileiro (n. 1903).
  • 1984 - Yuri Andropov, político soviético (n. 1914).

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Semanas...




Os amigos de nossos gatos
TUIA - a gata-mascote de Blocos

Ela já é assídua de BLOCOS, tendo aparecido na página inicial, desde o ano passado, mostrando como é diversificado o nosso público-alvo... Então, este ano, elegemos Tuia, a gata da poeta Leninha (DF), como a nossa mascote. Achamos que representa bem nosso portal: cheio de classe, matizes e coloridos.

Quem a conhece, sabe que a foto não faz jús à sua beleza, que pessoalmente ela ainda é muito mais esplendorosa e linda... Mas, na falta do "ao vivo", mostramos Tuia em cores virtuais. Só de olhá-la, já nos sentimos com sorte e com bom astral.

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Júlio Verne, nascimento

Júlio Verne, em francês Jules Verne, Nantes, 8 de fevereiro de 1828Amiens, 24 de março de1905) foi um escritor francês.
Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado (avoué), e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de uma família burguesa de Nantes . É considerado por críticos literários o precursor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.
A carreira literária de Júlio Verne começou a se destacar quando se associou a Pierre-Jules Hetzel, editor experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand e Erckmann-Chatrian.
Hetzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas em um balão . Essa história continha detalhes tão minuciosos de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa.
Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado em navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne ao seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas idéias.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Anti-pragas: beijos frutados

Magritte, corujas

                     Pintura de Magritte

Há que ter milagres
contra todas as pragas,
um Egito dourado
como na era de Tut.

 

Há que ter beijos
(romances de novela)
e exalar um aroma fruit.

 

Há que ter noites de lua
mesmo quando é fase nova
e a finge que não vê.
Como não vemos que o melhor
está debaixo do nosso nariz.

 

Ando entendendo as tempestades,
raios, trovões...
Ando segurando
as fúrias e controlando vulcões...

 

Dentro de mim terremotos,
explosões e disparos
de mil cavalos no cio...

                                      Urhacy Faustino